Topo

Casamento de Harry muda visão sobre divorciados na realeza

Príncipe Harry e Meghan Markle anunciam seu noivado nos jardins do palácio de Kensington - Getty Images
Príncipe Harry e Meghan Markle anunciam seu noivado nos jardins do palácio de Kensington Imagem: Getty Images

da ANSA, em Londres

27/11/2017 12h52

O casamento entre o príncipe Harry e atriz norte-americana Meghan Markle parece mudar a visão da realeza britânica sobre casamentos entre um membro da família real e uma pessoa divorciada.

Veja também

Na questão religiosa, o arcebispo de Canterburry, Justin Welby, líder da Igreja Anglicana, parabenizou os dois pelo anúncio de casamento. No entanto, ele não se pronunciou pelo fato de Meghan ser divorciada. Welby é um dos defensores do casamento de divorciados também no âmbito religioso, com o único impedimento de que o novo cônjuge não seja o responsável pela separação do matrimônio precedente - o que não ocorre no caso.   

De acordo com a Igreja Anglicana no Brasil, em uma explicação em seu site, "os divorciados segundo a lei civil podem casar no religioso, desde que ambos tenham frequentado a igreja durante, pelo menos, seis meses e a cerimônia religiosa seja precedida de novo casamento civil. Além dessas exigências, deve ser formalizado um processo, no qual conste o translado da sentença do divórcio transitado em julgado".

Meghan, quando começou a namorar com Harry, já estava divorciada de seu ex-marido. A atriz havia casado em 2011 com o produtor de cinema Trevor Engelson, com quem namorava desde 2004, e se separou dele dois anos depois. Já o príncipe apareceu em sua vida no fim do ano passado. Já a família real não fez nenhum comentário sobre o fato do divórcio da atriz e o casamento com o quinto membro na linha sucessória. No passado, membros da realeza que se casassem com pessoas divorciadas ou separadas precisavam renunciar ao trono.   

Isso aconteceu, por exemplo com Eduardo 3 que, há mais de 80 anos, abdicou do trono após se casa com a norte-americana Wallis Simpson. Seu sucessor, justamente, foi o pai da rainha Elizabeth 2, George 6.   

A família da atual monarca tem outros casos semelhantes, como o caso da proibição do casamento da princesa Margaret, irmã de Elizabeth, com um capitão divorciado. Além disso, o príncipe Charles, filho da rainha, precisou de uma autorização especial para casar com Camilla Parker-Bowles. No entanto, apesar de conceder o pedido, a rainha não foi à cerimônia.