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Giorgio Armani diz que não está assim tão mal

27/10/2009 17h27

MOSCOU, 27 OUT (ANSA) - O estilista Giorgio Armani negou com bom humor que esteja pretendendo se aposentar. "Vocês me veem, não estou ainda assim tão mal", brincou ele com os jornalistas presentes hoje a uma coletiva de imprensa em Moscou.
  • Reuters

    O estilista Giorgio Armani posa em frente às modelos ao final de seu desfile na Semana de Moda de Milão (24/09/2009)

Armani está na capital russa para festejar com dois desfiles o aniversário de um ano da abertura de uma loja da marca na histórica Praça Vermelha.

"Sua pergunta é impertinente", disse o estilista de 75 anos assim que foi questionado sobre quando pretendia se aposentar. Depois, porém, passou a usar um tom de gozação e acrescentou que a interrogação era "lógica e legítima".

"É certo que não sou eterno. Chega um momento no qual é preciso deixar o timão, mas estou organizando uma equipe de pessoas que levarão adiante meu trabalho com a assinatura de Giorgio Armani, mas também com a da mudança dos tempos", explicou.

"E o farão facilmente, ainda que com muito esforço", observou, sorrindo. "Meus colaboradores não gostam quando digo que sou muito mais jovem que eles".

O italiano disse também ter trabalhado com moda a vida inteira e que, por isso, estar comprometido diariamente com a realização de coleções de sucesso é parte integrante de seu modo de ser.

Na mesma entrevista, Armani cumprimentou as modelos russas por seu sucesso. "Em Milão você pergunta às manequins de onde vêm e elas respondem: Moscou. Em Paris a mesma coisa... as russas se tornaram as modelos por excelência", afirmou.

Aos jornalistas, o estilista explicou a estratégia de mercado da grife na Rússia, onde a empresa já abriu duas butiques Giorgio Armani, uma loja Armani Collezioni, quatro Emporio Armani, dois Emporio Armani Caffé e dois empreendimentos Armani/Casa.

O estilista falou também da importância do mercado russo, que é responsável por 5% do faturamento de sua empresa, que movimenta um total de cerca de 1,6 bilhões de euros. (ANSA)