Mais de 100 promotoras e procuradoras repudiam cotas femininas no MP
Mais de 100 promotoras e procuradoras de Justiça, e também procuradoras da República, lançaram manifesto contra o sistema de cotas femininas no Ministério Público em todo o País. O abaixo assinado conta já com 103 adesões e será levado ao Conselho Nacional do Ministério Público, órgão que fiscaliza a instituição. "Nós, mulheres, manifestamos o nosso profundo constrangimento ante a possibilidade de que venham a ser criadas cotas que garantam qualquer privilégio para nós dentro do Ministério Público", diz o documento.
Em março, a Comissão de Planejamento Estratégico do Conselho anunciou o lançamento de um projeto com o objetivo de "analisar a desigualdade nas relações de poder entre homens e mulheres dentro do Ministério Público".
Veja também
- Mulheres têm salário menor e punição maior no setor de finanças que homens
- Encontro de Mulheres Matemáticas discute falta feminina na área
- Brasil é o 2º país da América Latina com menos mulheres em liderança de empresas
Nas últimas semanas, dezenas de promotoras e procuradoras de Justiça têm manifestado repúdio ao sistema de cotas.
"O Ministério Público é um órgão no qual jamais se cogitou qualquer tipo de discriminação contra as pessoas do sexo feminino, sendo que todos os cargos e participações em eventos públicos sempre foram garantidos para as mulheres que demonstraram competência suficiente para se sobressair na profissão", afirmam as promotores e procuradoras no documento divulgado nesta segunda-feira, 20. "A simples cogitação de que seja necessária a criação dessas cotas discriminatórias já representa para nós uma vergonha indisfarçável, como se não tivéssemos as mesmas condições mentais dos demais colegas para alcançar cargos de poder do nosso interesse."
Elas requerem ao Conselho Nacional do Ministério Público que "não aprove esse tipo de cota, eminentemente discriminatória e com potencial criador de rótulos, que ao contrário de nos beneficiar, só representará um grave retrocesso na nossa história profissional, que sempre foi e deverá ser pautada pelo mérito".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.