Centro Niemeyer injeta vida a uma cidade espanhola decadente e poluída
Avilés, Espanha, 16 dez 2010 (AFP) -A cidade de Avilés, principal reduto da siderurgia asturiana na segunda metade do século 20, entrou para o século 21 pelas mãos da cultura e das indústrias sustentáveis com o Centro Niemeyer como aglutinador dessa mudança.
O complexo, obra do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, que nesta quarta-feira, dia 15, completou 103 anos, atua como uma ponta de lança de um projeto urbanístico mais amplo, a Ilha da Inovação.
"O Centro Niemeyer está nos ajudando extraordinariamente no projeto de transformação da cidade", afirmou à AFP Pilar Valera, a prefeita da localidade que há apenas 10 anos era conhecida na Espanha por sua decadência depois de uma intensa industrialização.
A cúpula do Centro Niemeyer, de um branco imaculado e que servirá de museu, junto a uma torre arrematada com um mirante circular, onde será localizado um centro de gastronomia e o auditório, cuja forma recorda uma lágrima, redesenharam o panorama urbano de Avilés a exemplo do que o Museu Guggenheim fez com a localidade basca de Bilbao.
"Ambos os projetos consistem em edifícios de arquitetos legendários e emblemáticos, que contribuíram para transformar um meio urbano degradado", admite o diretor do Centro Niemeyer, Natalio Grueso, embora ressalte que o Guggenheim não passa de uma "franquia internacional".
"O Centro Niemeyer quer ser um centro cultural, onde a música, o cinema, o teatro, a plástica e, em geral, todas as artes que possam se relacionar entre si", explica Grueso.
"O tema de nossa primeira exposição será a luz porque é "uma forma muito simbólica de começar nesta cidade que, há anos, era uma das mais poluídas da Europa e que agora, com este centro e com as formas brancas de Niemeyer, está trazendo uma nova luz", acrescentou.
A difícil reconversão sofrida por toda a indústria pesada do norte da Espanha também fez vítimas em Avilés, onde seus 83.000 habitantes perderam praticamente 80% de seus empregos em uma década.
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