"Ethical Fashion Show" mostra, em Paris, desfiles de marcas politicamente corretas

PARIS, 13 out (AFP) - Do Canadá ao Chile, da Nigéria à África do Sul e da Mongólia à Tailândia, o "Ethical Fashion Show", inaugurado nesta sexta-feira, em Paris, foi uma mostra da excelência da moda que adota critérios éticos, mas também da riqueza estética das tradições artesanais locais.

O desfile de moda inaugural do salão da moda ética revelou modelos criativos e variados. O evento também contou com a exposição das grifes brasileiras de acessórios "Tudo Bom?" e "Veja e Pau Brasil", que vendem no mercado europeu.

Cerca de 30 estilistas dos cinco continentes, entre os quais vários latino-americanos, apresentaram seus modelos. O colombiano John Estrada foi ovacionado por sua coleção ao mesmo tempo étnica e contemporânea. "Tudo é ecológico, com tintas naturais", garantiu.

A chilena Valeska Ravlic, da Kanthaka, apresentou abrigos e conjuntos de jaqueta e saia de alpaca de tons naturais, trabalhada à mão. Já a também chilena Marcia Marsilla, estilista da marca Kelgwo, propôs vários modelos de lã desfiada e tingida segundo a tradição artesanal da ilha de Chiloé.

No capítulo acessórios, brilharam os colares de junco trançado e prata e as bolsas de seu compatriota Jorge Caballero.

Em paralelo ao desfile, nos postos do salão que continuarão abertos até segunda-feira, podia-se admirar as criações de vários outros representantes da moda ética latino-americana, como as brasileiras, mas também de Bangladesh e da Palestina.

O Ethical Fashion Show de Paris seleciona seus participantes de acordo com o cumprimento de uma série de normas de respeito dos direitos trabalhistas, do meio ambiente e de colaboração com artesãos de seus respectivos países.

Com esta terceira edição, o salão se firma como grande encontro internacional da moda correta, reunindo 60 criadores de 28 países até segunda. Os organizadores esperam receber 5.000 visitantes nos quatro dias, três reservados aos profissionais do setor e um aberto ao público.