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Presidente da Hermès pede perdão a Oprah Winfrey por discriminação

A apresentadora Oprah na premiere de seu progama "Oprah Winfrey", no começo do ano - Reuters
A apresentadora Oprah na premiere de seu progama "Oprah Winfrey", no começo do ano
Imagem: Reuters

20/09/2005 18h15

CHICAGO, EUA, 20 Set (AFP) - A guerra na mídia entre a diva da TV americana, Oprah Winfrey, e a companhia francesa de produtos de luxo Hermès International terminou com uma vitória contundente da apresentadora, depois que o presidente de operações da empresa pediu desculpas no ar.

"Quero dizer-lhe que lamentamos muito as desafortunadas circunstâncias pelas quais a senhora passou quando tentou visitar nossa loja em Paris", disse nesta segunda-feira o presidente da Hermès USA, Robert Chávez.

"Foi um incidente isolado. Não somos assim", acrescentou, destacando que logo após o escândalo, seus funcionários receberam treinamento a respeito.

Winfrey, que foi recentemente qualificada pela revista Forbes como a celebridade mais poderosa dos Estados Unidos e é considerada um ícone cultural com enorme influência sobre milhões de telespectadores, instou um boicote contra a Hermès depois de ter sido expulsa de uma das lojas da marca, em junho passado, em Paris.

Um pedido público de desculpas da Hermès, dias depois, aumentou a polêmica, já que a apresentadora foi acusada de ter pretendido entrar sob ameaça em uma loja que estava fechada.

Os meios de comunicação fizeram uma festa com o escândalo, enquanto Oprah Winfrey garantia que tinha sido expulsa por ser negra.

"Conheço muito bem a diferença entre uma loja que está fechando e uma loja que está sendo fechada para mim", disse Winfrey na ocasião.

"Qualquer um que tenha sido desprezado por não ser suficientemente chique, magro, da classe adequada, da cor adequada ou o que for - não sei do que se tratou - sabe que é algo muito humilhante", explicou.