EUA restringem exportações de chips de IA da Nvidia e AMD para Oriente Médio

(Reuters) - Os Estados Unidos expandiram uma restrição de exportações dos sofisticados chips de inteligência artificial da Nvidia e da AMD para além da China e outras regiões, passando a incluir alguns países do Oriente Médio.

A Nvidia disse em um documento regulatório esta semana que as restrições, que afetam seus chips A100 e H100 projetados para acelerar as tarefas de aprendizado de máquina, não terão um "impacto material imediato" sobre seus resultados.

A rival AMD também recebeu uma carta com restrições semelhantes, disse uma fonte familiarizada com o assunto, acrescentando que a medida também não terá impacto material sobre sua receita.

Em uma declaração separada, a Nvidia disse que a nova exigência de licenciamento "não afeta uma parte significativa de nossa receita. Estamos trabalhando com o governo dos Estados Unidos para resolver essa questão"

O Departamento de Comércio dos EUA, que administra novas exigências de licenciamento de exportações, não retornou imediatamente um pedido de comentário.

Em setembro do ano passado, a AMD informou que recebeu novas exigências de interrupção das exportações de seus chips de inteligência artificial MI250 para a China.

Desde então, Nvidia, AMD e Intel divulgaram planos para criar chips de inteligência artificial menos potentes que possam ser exportados para o mercado chinês.

A Nvidia, que não deu nenhuma razão para as novas restrições no registro datado de 28 de agosto, disse no ano passado que as autoridades norte-americanas informaram que a regra "abordará o risco de que os produtos possam ser usados ou desviados para um 'uso final militar', ou 'usuário final militar' na China".

A Nvidia não especificou quais países do Oriente Médio foram afetados. A empresa obteve a maioria de suas vendas de 13,5 bilhões de dólares no trimestre fiscal encerrado em 30 de julho nos Estados Unidos, China e Taiwan. Cerca de 13,9% das vendas vieram de todos os outros países combinados, e a Nvidia não fornece uma divisão de receita do Oriente Médio.

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Sem os chips de empresas como Nvidia e AMD, as organizações chinesas não conseguirão realizar de forma econômica o tipo de computação avançada usada para reconhecimento de imagem e fala, entre muitas outras tarefas.

(Por Jasper Ward, Ismail Shakil, Stephen Nellis e Max Cherney; reportagem adicional de Abinaya Vijayaraghavan)

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