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Didi Chuxing endurece regras de transporte compartilhado após assassinato ameaçar imagem

13/06/2018 15h44

Por Lusha Zhang e Norihiko Shirouzu

PEQUIM (Reuters) - Maior empresa de transporte compartilhado da China, a Didi Chuxing, disse na quarta-feira que seus motoristas somente poderão pegar passageiros do mesmo sexo na madrugada e no fim da noite, em um esforço para recuperar confiança após o assassinato de uma passageira no início deste ano.

Após o assassinato, que foi noticiado e discutido amplamente nas redes sociais, a Didi limitou as horas de serviço de compartilhamento de automóveis das 6h às 22h, e tomou outras medidas. Com a nova política entrando em vigor em 15 de junho, a Didi decidiu ampliar o horário de atendimento das 5h às 24h.

Mas entre às 5h e às 6h e entre às 22h e às 24h, os motoristas do serviço de transporte só poderão pegar passageiros do mesmo sexo, disse a Didi no comunicado.

Os movimentos seguem o assassinato em maio de uma comissária de bordo de 21 anos, enquanto viajava de um hotel do aeroporto para o centro de Zhengzhou, supostamente por seu motorista Didi que contornou os controles de segurança do aplicativo.

Como parte das novas medidas, a Didi disse na quarta-feira que planeja testar o "modo escolta" no aplicativo em um programa piloto de pequena escala a partir de 22 de junho. Com o modo escolta aberto no aplicativo Didi, os passageiros podem compartilhar suas rotas e destinos com seus contatos de emergência.

A empresa de compartilhamento de corridas pediu em maio desculpas pela morte da passageira. A Didi disse na época que seu mecanismo de reconhecimento facial estava com defeito e não conseguiu verificar o motorista que supostamente matou a passageira.

O suspeito do sexo masculino usou uma conta de motorista que pertencia a seu pai, contrariando a política da empresa, disse a Didi na ocasião.

A Didi Chuxing - que está avaliada em 50 bilhões de dólares e tem o SoftBank Group Corp como grande investidor - está expandindo fortemente no exterior, visando novos mercados no México, Brasil e Austrália, onde vai concorrer diretamente com o Uber.

(Por Lusha Zhang e Norihiko Shirouzu)