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Spotify não impressiona Wall Street com resultado trimestral e ações caem

03/05/2018 18h36

Por Arjun Panchadar

(Reuters) - As ações do serviço de streaming de música Spotify fecharam em baixa nesta quinta-feira depois que o primeiro balanço trimestral da companhia decepcionou investidores em Wall Street que tinham expectativas elevadas para a empresa.

O Spotify, que fez uma listagem direta pouco ortodoxa na Bolsa de Nova York em abril, divulgou na véspera resultados praticamente em linha com as expectativas do mercado, mas isso criou preocupações sobre o sucesso da empresa em transformar os usuários do serviço gratuito em assinantes pagantes.

Na semana passada, sete analistas iniciaram a cobertura das ações da Spotify com recomendações elevadas. Embora não tenha havido reduções imediatas ou cortes nos preços-alvo da ação da empresa após os resultados, alguns analistas disseram que as expectativas dos investidores eram exageradas antes dos resultados.

"O Spotify apresentou um sólido primeiro trimestre, mas o mercado esperava mais crescimento em seu primeiro trimestre como empresa pública", escreveram analistas do JPMorgan em nota.

O banco disse que não viu nenhuma mudança em sua tese positiva sobre a empresa sueca, reiterando classificação "overweight" (acima da média do mercado) e preço-alvo de 190 dólares.

A ação da Spotify fechou em baixa de 5,6 por cento, a 160,38 dólares, depois de chegar a cair cerca de 9 por cento mais cedo.

Analistas do UBS esperavam que os investidores tivessem uma reação silenciosa aos resultados inaugurais do Spotify, com receita e assinaturas abaixo do topo de sua faixa de previsões sendo uma "leve decepção".

O crescimento lento na América do Norte, onde o serviço está enfrentando grandes empresas ​​de tecnologia, como Apple, Amazon e Google, e empresas menores, como Pandora, foi destacado como uma preocupação por analistas da Atlantic Equities e da RBC. Isso poderia reduzir o crescimento da receita e aumentar os gastos com marketing, disseram os analistas.

O Spotify, que lançou seu serviço de streaming de música há uma década, registrou um aumento no crescimento de assinantes apenas nos últimos anos. Hoje, a empresa possui 75 milhões de assinantes pagos, em comparação com os 40 milhões da Apple Music.

A companhia teve alta de 26 por cento na receita líquida do primeiro trimestre sobre um ano antes, para 1,139 bilhão de euros, perto do estimado por analistas. O prejuízo operacional foi de 41 milhões de euros ante 139 milhões negativos no primeiro trimestre de 2017.

A empresa tinha 170 milhões de usuários ativos por mês ao final de março, crescimento de 30 por cento na comparação anual.

(Por Arjun Panchadar)