EUA acusa e sanciona iranianos por ciberataques globais em nome de Teerã
Por Dustin Volz
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos acusaram e sancionaram nove iranianos e uma empresa iraniana por terem tentado hackear centenas de universidades no mundo todo, dezenas de firmas e partes do governo norte-americano, incluindo a principal agência reguladora de energia, em nome do governo de Teerã.
Os ataques teriam começado em 2013 e furtado mais de 31 terabytes de dados acadêmicos e propriedade intelectual de 144 universidades norte-americanas e 176 universidades em 21 outros países, segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, classificando a ação como a maior onda de ataques patrocinada por um Estado já processada pelo sistema legal do país.
O Departamento de Tesouro norte-americano disse que estaria aplicando sanções às nove pessoas e ao Mabna Institute, uma empresa que os procuradores norte-americanos caracterizaram como elaborada para ajudar as organizações de pesquisa iranianas a roubar informação.
O vice-procurador geral dos Estados Unidos Rod Rosenstein disse que os nove iranianos eram considerados fugitivos que podem ser extraditados em mais de 100 países se eles viajarem para fora do Irã.
As autoridades irão "investigar agressivamente e processar atores hostis que tentarem se beneficiar das ideias norte-americanas infiltrando em nossos sistemas informáticos e roubando nossa propriedade intelectual", disse Rosenstein em entrevista coletiva.
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