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Facebook lança aplicativo de mensagens para crianças com menos de 13 anos

04/12/2017 17h39

Por Daniel Trotta

(Reuters) - O Facebook lançou nesta segunda-feira o Messenger Kids, aplicativo que permite que a maior rede social do mundo se expanda para um mercado até agora inexplorado de crianças menores de 13 anos, ao mesmo tempo em que dá aos pais controle completo sobre o que seus filhos vêem.

O Facebook normalmente exige que os usuários tenham pelo menos 13 anos de idade. O novo aplicativo possibilita que a rede social fidelize crianças mais novas no momento em que enfrenta competição de outras plataformas de redes sociais entre adolescentes, como o Snapchat.

Já existe um punhado de outros aplicativos que as crianças podem usar com o consentimento dos pais, e as crianças podem se comunicar entre si usando mensagens de texto em celulares.

O Facebook disse que uma pesquisa com 1.200 pais e especialistas em segurança e desenvolvimento infantil mostrou que crianças jovens já estavam usando a tecnologia regularmente - mas em aplicativos para adolescentes e adultos, fazendo pais temerem que seus filhos estivessem se comunicando com estranhos.

Ao mesmo tempo, os pais estavam dispostos a deixar que seus filhos de 6 a 12 anos usassem redes sociais, desde que existisse um controle parental rigoroso. O Facebook Messenger Kids exige que os pais criem uma conta e aprovem os contatos dos filhos.

"Há realmente uma lacuna no mercado por um aplicativo de mensagens para crianças que também dê controle aos pais", disse a porta-voz do Facebook Lauren Svensson. "Vamos ver como as crianças usam esses espaços e isso nos permitirá adicionar atualizações em futuras versões conforme necessário".

O aplicativo é controlado pela conta do Facebook de um adulto que permite que filhos usem bate-papo em vídeo e enviem fotos, vídeos ou mensagens de texto para amigos aprovados.

O lançamento é uma prévia, porque só está disponível nos Estados Unidos e apenas nos sistemas operacionais da Apple. O aplicativo ficou 18 meses em desenvolvimento, disse Svensson.

(Por Daniel Trotta)