Black Friday atrai compradores nos EUA, mas verdadeiro frenesi acontece online
Por Richa Naidu e Nandita Bose
CHICAGO/NOVA YORK, Estados Unidos (Reuters) - O fluxo de consumidores nas lojas dos Estados Unidos nesta Black Friday foi relativamente moderado, com muitas pessoas visitando as lojas físicas para olhar as mercadorias e desfrutar da atmosfera festiva, enquanto buscam por pechinchas online.
O dia começou com poucos sinais do frenesi que tem caracterizado a data que marca o início da temporada de compras nos Estados Unidos, e algumas lojas adotaram truques além dos grandes descontos para atrair compradores.
O período entre o feriado do Dia de Ação de Graças e o Natal pode responder por até 40 por cento da receita total de uma varejista no ano.
Cerca de 250 pessoas esperavam pacientemente na fila da loja da Target Corp em Manhattan antes da abertura, às 6h (9h no horário de Brasília).
A executiva de serviços ao consumidor de um banco Tricia Welsh, 36 anos, esperou na fila por cerca de uma hora antes de entrar na loja.
"Definitivamente há mais descontos agora disponíveis durante o ano do que, digamos, quatro ou cinco anos atrás... nós só compramos eletrônicos ou eletrodomésticos na Black Friday."
Miguel Flores, 43 anos, um guarda de segurança noturno, visitou a loja depois que seu turno terminou.
"Na maioria das vezes faço compras online, mas decidi entrar, porque há muito tempo não entro dentro de uma loja", disse Flores. "Eu comprei alguns video games para o meu sobrinho alguns dias atrás...Na verdade, eu só estava olhando alguns dos jogos hoje e as ofertas parecem semelhantes."
Os investidores pareciam otimistas com o dia, fazendo com que as ações de algumas grandes varejistas subissem . A JC Penney subia mais de 2 por cento, a Macy's tinha alta de 3,4 por cento e o Wal-Mart oscilava positivamente.
"A participação nesta manhã tem sido relativamente lenta, mas ainda é o melhor que vimos em três anos. Esperamos que ela aumente à medida que o dia avança", disse Burt Flickinger, diretor-gerente do Strategic Resources Group. Ele citou a melhora da confiança dos consumidores, um mercado de trabalho forte e preços imobiliários saudáveis.
NÃO É MAIS O QUE ERA
Atrair os consumidores com ofertas nesta Black Friday é especialmente importante para as varejistas físicas, dada a contínua transição para as compras online, liderada pela Amazon.com, que forçou redes como Toys R Us, varejistas de moda como True Religion, The Limited, Rue 21 e a varejista de preços baixos Payless Shoe Source a entrarem em recuperação judicial este ano.
Wal-Mart, Target, Macy's, JC Penney e outras grandes varejistas abriram suas lojas na noite de quinta-feira e a maioria tem oferecido descontos online a partir de outubro, em vez de limitá-los a um dia. Alguns começaram a oferecer descontos nas lojas esta semana para estimular o apetite dos clientes.
O shopping Garden State Plaza em Paramus, Nova Jersey, estava cheio, mas não caótico. Os clientes vieram aproveitar os descontos sem nada específico em mente. Os que apareceram experimentavam roupas em vez de comprá-las online.
"Parece um pouco mais lenta este ano", disse a funcionária da Build-A-Bear Marissa Trujillo.
"A Black Friday não é o que costumava ser porque as lojas estão estendendo as vendas no fim de semana e você pode comprar online", disse o gerente de projetos Unmesh Patel, 30 anos. "Eu também vim pela adrenalina, mesmo que ela diminua a cada ano".
Os consumidores norte-americanos gastaram mais de 1,52 bilhão de dólares online na noite do Dia de Ação de Graças, na quinta-feira, crescimento anual de 16,8 por cento, até as 17h (20h, no horário de Brasília), de acordo com a Adobe Analytics, que acompanha 80 por cento das transações online nas 100 maiores varejistas norte-americanas.
(Por Nandita Bose e Richa Naidu, reportagem adicional por Stephanie Brumsey e Jenna Zucker)
((Tradução Redação São Paulo 56447764))
REUTERS NS RBS
(Reporting by Nandita Bose and Richa Naidu, additional reporting by Renita Young, Stephanie Brumsey and Jenna Zucker; Writing by Nick Zieminski; Editing by Bill Rigby)
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