Toshiba considera outras opções caso venda da unidade de chips não seja concluída até março
CHIBA, Japão (Reuters) - A Toshiba disse que está considerando várias medidas no caso de a venda por 18 bilhões de dólares de sua unidade de chips não ser concluída até o fim deste ano fiscal, deixando o conglomerado com menos fundos que o necessários para permanecer listado em bolsa.
O acordo precisa ser concluído até o fim de março ou a Toshiba provavelmente reportará patrimônio líquido negativo -- com passivos superando os ativos -- pelo segundo ano consecutivo. Isso poderia desencadear a exclusão automática das ações da empresa da Bolsa de Valores de Tóquio.
"Nada foi decidido, mas é verdade que estamos considerando medidas potenciais", disse o presidente-executivo Satoshi Tsunakawa sem das mais detalhes, durante uma assembleia geral extraordinária na qual os acionistas aprovaram a venda da unidade para um consórcio liderado pela Bain Capital LP.
Os recursos levantados com a venda são cruciais para cobrir bilhões de dólares em passivos decorrentes da falência de sua unidade nuclear Westinghouse, nos Estados Unidos.
Mas o acordo de venda somente foi alcançado no mês passado após um longo e controverso processo, e as chances são altas de que o negócio não receba as aprovações regulatórias até o final de março, já que levam normalmente pelo menos seis meses.
Além disso, a venda da unidade de chips -- a segunda maior produtora de semicondutores NAND no mundo - também enfrenta questionamentos legais apresentados pela Western Digital, parceira da Toshiba na joint venture. A Western Digital se opõe a qualquer acordo para a venda da unidade de chips sem seu consentimento e entrou com uma ação no Tribunal Internacional de Arbitragem.
Toshiba disse em uma declaração na terça-feira que "permanece totalmente determinada a resolver o problema através do processo de arbitragem".
(Por Makiko Yamazaki)
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