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Lojas de supermercados têm forte apelo nos EUA, mesmo de consumidores online

18/10/2017 13h38

LOS ANGELES/NOVA YORK (Reuters) - A maioria dos consumidores norte-americanos é bastante leal às lojas físicas de alimentos, as quais consideram melhores do que opções online, segundo pesquisa da Reuters/Ipsos. O levantamento questiona o impacto da compra da Whole Foods pela Amazon no negócio de supermercados.

As ações da Kroger, maior operadora de supermercados dos Estados Unidos, caíram 40 por cento em relação às máximas deste ano, com preocupações sobre se a empresa conseguirá responder rapidamente aos vendedores tradicionais de alimentos.

Setenta e cinco por cento dos entrevistados disseram que raramente ou nunca compram mantimentos pela internet, de acordo com a pesquisa com cerca de 8.600 pessoas entre 12 de agosto e 1 de setembro. Mesmo entre os compradores que fazem compras pela internet semanalmente, quase 60 por cento disseram nunca compram mantimentos online ou o fazem apenas algumas vezes por ano.

Além disso, 60 por cento dos adultos disseram que seus mercados locais de alimentos ganham em preço, seleção, qualidade e conveniência. Os varejistas online lideraram nessas categorias com apenas cerca de 3 por cento dos entrevistados.

A Amazon tentou durante anos expandir o negócio de compras online, mas fez pouco. Com a compra da Whole Foods, sua fatia no setor nos EUA de 0,19 por cento para 1,4 por cento, contra 14,46 por cento do Wal-Mart e 7,17 por cento da Kroger, de acordo com a GlobalData Retail.

A pesquisa mostra que "as lojas físicas ainda não estão mortas", disse Roger Davidson, consultor de supermercados que prevê que o futuro da compra de alimentos será uma mistura de compras online e presenciais.

O Instituto de Marketing de Alimentos e a Nielsen esperam que as vendas de supermercados online nos EUA cheguem a 100 bilhões de dólares, 20 por cento do mercado, até 2025, ante 20,5 bilhões de dólares, ou 4 por cento do mercado, em 2016.

(Por Lisa Baertlein e Chris Kahn)