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Bolsa de bitcoins BTCChina anuncia fechamento e amplia queda de criptomoedas

14/09/2017 13h59

PEQUIM/XANGAI/LONDRES (Reuters) - A bolsa de bitcoins chinesa BTCChina disse nesta quinta-feira que interromperá as negociações a partir de 30 de setembro, ampliando a queda da criptomoeda, que a deixou mais de 30 por cento abaixo do recorde que atingiu no início do mês.

A China se tornou um mercado efervescente para criptomoedas nos últimos anos, com investidores e especuladores buscando as bolsas domésticas que antigamente permitiam que os usuários conduzissem negociações gratuitamente, impulsionando a demanda.

Mas isso levou os reguladores do país a reprimir o setor, para eliminar riscos financeiros potenciais, à medida que os consumidores se amontoam em um mercado altamente arriscado e especulativo que teve um crescimento sem precedentes este ano.

Horas após a BTCChina anunciou seu fechamento, a publicação chinesa Yicai informou que o país planeja fechar todas as bolsas de bitcoins em setembro, citando fontes financeiras em Xangai.

A BTCChina disse que a decisão foi baseada numa diretriz de autoridades do país em 4 de setembro que expressou preocupação com os riscos de investimento envolvidos em criptografia e ordenou a proibição das chamadas ofertas de moedas iniciais (ICOs) - a prática de criar e vender moedas ou tokens digitais para investidores para financiar projetos de startups.

Essa proibição, bem como avisos de reguladores em outros países, resultou em receios de uma repressão maior, e provocaram uma liquidação generalizada que ajudou a apagar quase 60 bilhões de dólares do valor total das criptomoedas, após terem atingido recordes no início do mês, de acordo com o site Coinmarketcap.

"A proibição chinesa está causando pânico no mercado, pois as mensagens mistas e a falta de clareza tornaram o sentimento negativo", disse o fundador do site de análise de dados Cryptocompare, Charles Hayter.

(Por Brenda Goh e Jemima Kelly)