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Montadoras divergem sobre calendário de implementação do freio automático

08/06/2017 19h20

DETROIT (Reuters) - Grandes montadoras estão correndo para lançar carros autônomos em 2021, mas se movem lentamente quando na implementação de uma tecnologia de prevenção de acidentes menos cara e que os reguladores dizem que poderia evitar milhares de mortes por ano.

A Nissan disse nesta quinta-feira que tornará os sistemas de freio automática padrão em cerca de 1 milhão de modelos 2018 e caminhões leves nos EUA. A Toyota falou que fará o sistema padrão de freio automática de emergência em quase todos os seus modelos dos EUA até o final do ano.

Mas a maioria das fabricantes não está se apressando a fazer dos sistemas de freios automáticos parte do custo base dos veículos convencionais vendidos no mercado norte-americano. A indústria sofreu pressão de reguladores, Congresso e defensores da segurança para adotar a tecnologia o que pode reduzir a velocidade ou parar um veículo, mesmo que o motorista não freie.

Até agora, apenas cerca de 17 por cento dos modelos testados pelo Instituto de Seguros para segurança rodoviária oferecem freio padrão evitando colisões, segundo dados do grupo de pesquisa de segurança automotiva com apoio do setor de seguros.

Em 2016, 20 empresas fizeram acordo voluntário com reguladores de segurança automotiva dos EUA para desenvolver sistemas padrão de freios que evitem colisões até 2022.

Os defensores da segurança pediram à Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário que comece um processo para exigir as tecnologias, mas a agência disse que o acordo voluntário resultará na implementação mais rápida do que um processo formal de elaboração de regras. A agência afirmou que a tecnologia poderia eliminar um quinto dos acidentes.

Outras empresas, como a General Motors, a Ford e a Fiat Chrysler, também oferecem os sistemas de freio automático em parte de seus modelos e estão buscando formas de adotá-los em todas as suas linhas.

(Por Joseph White)