Chefe da CIA chama WikiLeaks de serviço de inteligência hostil
Por Warren Strobel e Mark Hosenball
WASHINGTON (Reuters) - O diretor da CIA, Mike Pompeo, chamou nesta quinta-feira o WikiLeaks de "serviço de inteligência hostil" não estatal muitas vezes estimulado por atores estatais, como a Rússia, durante a campanha presidencial norte-americana do ano passado.
"O WikiLeaks funciona como um serviço de inteligência e se manifesta como um serviço de inteligência hostil", disse Pompeo para uma plateia durante um think tank em Washington.
O serviço de inteligência da Rússia, GRU, havia usado o grupo anti-sigilo para distribuir materiais hackeados durante a eleição presidencial norte-americana de 2016, disse Pompeo.
O WikiLeaks divulgou emails do Partido Democrata durante a campanha presidencial de 2016, que as agências de inteligência dos EUA dizem ter sido hackeados pela Rússia para tentar levar a eleição contra a candidata democrata, Hillary Clinton, e a favor do eventual vencedor, o republicano Donald Trump.
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse que a divulgação não tinha propósito de influenciar a eleição.
Em março, o WikiLeaks publicou documentos descrevendo ferramentas hackers e fragmentos de códigos de computador secretos da CIA, mas não publicou os programas completos que seriam necessários para conduzir explorações cibernéticas contra telefones, computadores e televisões conectadas à internet.
Autoridades da inteligência e lei disseram que funcionários terceirizados provavelmente violaram a segurança e entregaram os documentos ao WikiLeaks.
Funcionários terceirizados foram revelados como fontes de vazamentos de informações sensíveis do governo. Entre os mais notáveis estão Edward Snowden e Harold Martin, ambos funcionários da companhia de consultoria Booz Allen que trabalhavam na Agência de Segurança Nacional (NSA).
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