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Agência europeia diz que banimento de eletrônicos de aéreas pode comprometer segurança

05/04/2017 20h58

BERLIM/PARIS (Reuters) - A reguladora de aviação da Europa expressou receio nesta quarta-feira com risco de incêndios de baterias nos porões de cargas de aviões, após autoridades norte-americanas e britânicas banirem certos eletrônicos das cabines de passageiros, apesar de garantias dos EUA de que sua agência foi completamente esclarecida sobre a maneira correta de lidar com eletrônicos.

A Agência de Segurança da Aviação Europeia, responsável pela segurança de voo em 32 países, informou que dispositivos eletrônicos pessoais têm risco de incêndio por conta das baterias de lítio e devem ser levados de preferência dentro das cabines de passageiros, para que qualquer problema possa ser identificado e resolvido.

    Em relação às preocupações da agência europeia, a Administração para Segurança do Transporte dos EUA informou que coordenou próxima à FAA (Administração Federal de Aviação) sobre logísticas do banimento e que a agência providenciou informações às companhias aéreas sobre manuseio apropriado de eletrônicos e baterias de lítio.

    A agência europeia, no entanto, alertou em comunicado: "Quando o transporte de dispositivos pessoais eletrônicos na cabine não é permitido, isto leva a um aumento significativo do número de dispositivos pessoais eletrônicos no compartimento de carga. Certas precauções devem, então, ser observadas para mitigar o risco de incêndios acidentais nos porões de carga".

    Computadores em bagagens despachadas devem ser completamente desligados e "bem protegidos de ativações acidentais", acrescentou a agência.

    A agência sediada na Colônia, Alemanha, emitiu seu guia duas semanas após os EUA e Reino Unido banirem aparelhos maiores que um celular das cabines de passageiros em voos para certos países por preocupações de segurança.

    A recomendação de segurança europeia não é obrigatória, mas provavelmente irá reacender um debate sobre as novas regras, que alguns chefes de companhias aéreas criticaram como inconsistentes ou ineficazes.

(Por Victoria Bryan e Tim Hepher)