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Swatch vai lançar sistema operacional para smartwatch até 2018

16/03/2017 19h36

BIEL, Suíça (Reuters) - O grupo Swatch está desenvolvendo um sistema operacional fabricado na Suíça, uma vez que busca oferecer uma alternativa menor e mais flexível aos sistemas dominantes que conectam itens como smartwatches à internet, disse seu presidente-executivo na quinta-feira.

A maior fabricante de relógios do mundo tem sido cética em relação a smartwatches, que usam sistemas como o Android Wear do Google, o Tizen OS da Samsung e o WatchOS da Apple para se conectar à internet, e até agora lançou relógios com recursos de conexão limitado em suas marcas Tissot e Swatch.

A CCS Insight espera que o mercado de acessórios inteligentes quase dobre para 185 milhões de unidades avaliadas em 16,9 bilhões de dólares até 2021.

O presidente da Swatch, Nick Hayek, disse que os maiores problemas enfrentados pelos concorrentes de smartwatches são relacionados ao consumo de energia e privacidade. O grupo Swatch, cujas marcas incluem a Omega, disse no mês passado que estava trabalhando com o instituto de pesquisa suíço CSEM para lançar um "ecossistema" para objetos conectados até o final de 2018.

A Swatch disse que isso ofereceria proteção absoluta de dados e consumo de energia ultra-baixo e não precisaria de atualizações regulares.

"Eu não quero me tornar o padrão da indústria para smartwatches", disse Nick Hayek na quinta-feira, acrescentando que seria perigoso se todo mundo dependesse de apenas um ou dois sistemas operacionais dominantes.

"Mas na Suíça temos muita experiência quando se trata de criar algo que é menor, consome muito menos energia, é independente e mais econômico e pode entrar em pequenos objetos", disse ele.

Ben Wood, analista da CCS Insight, disse que há perigos na Swatch na tentativa de construir seu próprio sistema, acrescentando que seria difícil competir com Google, Samsung e Apple, que têm mais recursos nessa área.

"A Swatch pode desenvolver sua própria plataforma de software, mas para atrair desenvolvedores para ter acesso aos aplicativos mais populares precisa de um sistema operacional com escala, basta olhar para como a BlackBerry acabou abandonando seu próprio software", disse Wood.

(Por Silke Koltrowitz)