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Asteroide quase 6 vezes maior que Cristo Redentor passará 'perto' da Terra

Planeta Terra visto do espaço  - Getty Images
Planeta Terra visto do espaço Imagem: Getty Images

Marcella Duarte

Colaboração para Tilt, em São Paulo

21/07/2021 08h00Atualizada em 21/07/2021 16h09

Nos últimos dias, alguns sites têm divulgado que um enorme asteroide passará próximo à Terra neste sábado (24). Mas calma! Apesar de ser realmente perto em termos astronômicos, ele vai estar bem longe de nosso planeta. A Nasa já descartou qualquer chance de impacto.

Chamado 2008 GO20, a rocha espacial de até 220 metros é conhecida pelos astrônomos há 13 anos, como seu nome indica. Fazendo uma rápida comparação, o tamanho do asteroide seria equivalente a altura de quase 6 estruturas do Cristo Redentor do Rio de Janeiro (38 metros) e 2,3 Estátuas da Liberdade dos Estados Unidos (93 metros)

Por sua órbita e características, o asteroide foi incluído na lista de Objetos Próximos à Terra (Near-Earth Objects), da Nasa. Em apenas alguns meses de estudos, porém, foi considerado inofensivo à humanidade.

Por volta das 18h30 de sábado, o 2008 GO20 fará sua máxima aproximação de nós, a cerca de 0,03 unidades astronômicas (AU, que representa a distância entre a Terra e o Sol) — ou seja, a mais de 4 milhões de km, ou mais de dez vezes a distância até a Lua.

A aproximação é considerada "perto" por levar em consideração o tamanho do universo, mas ainda sim bem afastada e segura.

O asteroide está viajando a cerca de 8,2 km/s (29.500 km/h). Um possível impacto de uma rocha deste tamanho, a essa velocidade, não causaria uma catástrofe global ou extinção. Porém, deixaria um rastro de destruição de milhares de quilômetros quadrados.

Asteroides, cometas e outras rochas espaciais passam perto da Terra o tempo todo, mas apenas alguns oferecem risco real de colisão em um futuro. Há cerca de 2.000 objetos que são constantemente monitorados pela agência espacial norte-americana, e novas descobertas e estudos são feitas todos os meses.

O que é um asteroide?

Os asteroides são, basicamente, rochas gigantes. Remanescentes do processo de formação dos planetas rochosos, eles podem chegar a centenas de quilômetros e até ter seus próprios satélites naturais.

Por isso, é o corpo celeste com maior potencial de destruição. A Terra sofreu diversos impactos de asteroides ao longo de bilhões de anos, inclusive o que teria causado a extinção dos dinossauros, que até hoje deixam crateras.

Há cerca de 800 mil asteroides em nosso sistema solar — a maioria compõe um cinturão localizado entre Marte e Júpiter, relativamente próximo à Terra. Mas apenas uma dúzia deles está classificada como ativos, com risco de nos atingir em um futuro mais ou menos distante, como o Bennu e o Apophis.

Assim como os cometas, os asteroides possuem uma órbita bem definida. Porém, ela pode ser alterada devido a interações gravitacionais com outros corpos. Por isso, é importante monitorá-los.

Diversos astrônomos, profissionais e amadores, do mundo todo, se dedicam para conseguir prever as aproximações e encontrar maneiras de impedir um evento catastrófico.