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Clubhouse LGBTQ+? App de relacionamento cria chats de voz só para gays

Andrea Piacquadio/Pexels
Imagem: Andrea Piacquadio/Pexels

Mirthyani Bezerra

Colaboração para Tilt

08/04/2021 04h00

O Clubhouse, rede social que virou febre nos primeiros meses de 2021, continua gerando novas formas de criar relacionamentos por áudio. Um deles é o Blued, app de relacionamentos com foco LGBTQIA+, que incorporou uma espécie de Clubhouse na sua plataforma. Além de permitir a interação entre duas pessoas, agora o aplicativo tem salas de bate papo com chats de voz.

Apesar de chinês, o Blued funciona também em Brasil, Índia, Japão, México, Filipinas, Coreia do Sul, Tailândia, EUA e Vietnã. Hoje, mais de 54 milhões de pessoas possuem contas lá, com uma média de 6,4 milhões de consumidores ativos mensalmente.

Como funciona?

Como no Clubhouse, no Blued qualquer pessoa pode criar uma sala. O criador é o dono do chat e pode permitir que até seis pessoas atuem como speakers (falantes, em tradução livre). Quem quiser ser um speaker, precisa necessariamente pedir autorização ao dono da sala, que pode ou não aceitar.

Se você estiver navegando pelo aplicativo e encontrar uma sala com um tema interessante, dá para entrar e ouvir o que está sendo discutido nela só como espectador. Além disso, você consegue se comunicar por escrito pelo chat tanto com os speakers como com os demais participantes da sala. Os chats não têm limite para espectadores.

Quem cria a sala pode definir um tema e dar a ela um título para dar uma ideia do assunto abordado. Mas isso não é uma obrigatoriedade, ou seja, também é possível criar chats de voz sem assuntos pré-definidos.

Ao contrário do Clubhouse, não é necessário convite para participar. Todo mundo que tem uma conta no Blued pode ser dono, speaker ou espectador das salas. Outra diferença está no fato de não ser possível agendar salas de bate-papo.

Além disso, a plataforma está disponível tanto para aparelhos com sistema operacional iOS quando Android.

Chats de voz do Blued, o "Clubhouse" LGBTQ+  - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Se rolar homofobia?

Caso alguém passe do limite dentro do chat —ou se aproveite do recurso para destilar homofobia e atacar verbalmente os membros da sala—, o dono pode não só tirar a qualquer momento a função de um speaker como expulsar o participante. Também há ferramentas que permitem denunciar salas consideradas impróprias.

A Tilt, a Blued informou que a intenção de incluir um "Clubhouse" dentro da plataforma é ampliar os espaços digitais para o público LGBTQIA+ no Brasil, mesmo aqueles que não possuem iPhones —já que o Clubhouse só está disponível para iOS— "ou outro limitador, oferecendo voz a todos da comunidade".