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Este vaso sanitário vaporiza cocô para resolver problemas de saneamento

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Imagem: Reprodução

Bruna Souza Cruz

Do UOL*, em São Paulo

16/04/2018 13h41

Pensando no lado bom da tecnologia, ela tem ajudado nosso trabalho, nossa relação com as pessoas e cada vez mais tem entrado em nossas casas para facilitar o dia a dia. E uma invenção que tem chamado a atenção pode ajudar o grande problema do tratamento de esgoto de regiões em que isso ainda não funciona bem.

Trata-se de um vaso sanitário portátil que funciona sem água, tem baixo custo e a “descarga” funciona com vaporização.

Desenvolvido pela empresa Water Labs, o modelo parece muito com uma privada tradicional, com o assento e a tampa. Só que dentro tem um recipiente descartável feito com polímero que consegue absorver a umidade do cocô. O que sobra são fezes bem secas, que são dispensadas de tempos em tempos.

Com isso, quando o excremento cai dentro dele, o material suga a água (imagine uma esponja) e o desidrata, liberando em seguida o vapor de água. E tudo isso sem a necessidade do uso de energia elétrica ou canos de esgoto. Segundo a empresa, as pessoas não estarão livres do cheiro, mas o odor fica bem menor.

Vaso sanitário que vaporiza cocô Water Labs - Reprodução - Reprodução
Vaso sanitário separa líquidos e sólidos
Imagem: Reprodução

Os banheiros, que podem ter tamanhos diferentes, podem custar entre US$ 200 e US$ 350.

A bioquímica Diana Yousef, uma das fundadoras do projeto, defende que a inovação é mais do que deixar o uso do vaso sanitário mais prático. O objetivo é otimizar a logística do tratamento de esgoto e ajudar cerca de 2,6 bilhões de pessoas que não tem acesso a um banheiro seguro.

Melhorar a vida de refugiados, grupos indígenas e comunidades mais pobres é o foco da empresa.

Pensando em uma família com cinco ou seis pessoas, o coletor poderia ficar pelo menos duas semanas antes de ser esvaziado. Logo, a captação de resíduos poderia ser menor, o que resultaria numa economia de tempo e dinheiro, de acordo com a empresa.

Segundo Yousef, os primeiros testes de funcionamento serão feito nos próximos meses e no Oriente Médio, em um abrigo de refugiados.

A expectativa é que a tecnologia também seja usada em escala industrial, com o material podendo ser usado no tratamento de resíduos de produtos farmacêuticos, corantes, entre outros.

*Com informações da FastCompany e MIT News.