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Inteligência artificial é capaz de detectar cegueira causada pelo diabetes

Rodrigo Lara

Colaboração para o UOL

13/04/2018 04h00


A retinopatia diabética é uma das complicações mais comuns de quem possui diabetes e, em casos extremos, pode levar o paciente à perda completa da visão. A razão para isso é que, com aumento do índice de açúcar no sangue, os vasos da retina acabam sendo danificados.

Para evitar essa consequência mais séria, é importante que o diagnóstico - e o tratamento - sejam feitos com a maior antecedência possível. Hoje em dia, a recomendação é que pessoas com diabetes consultem um oftalmologista e façam, uma vez ao ano, o exame de fundo de olho.

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Esse processo, porém, tende a ficar mais simples. A Food and Drug Administration (FDA), órgão norte-americano similar à Anvisa no Brasil, aprovou o uso de um programa chamado IDx-DR.

Uma vez que a foto dos olhos do paciente é tirada por uma câmera especial, chamada Topcon NW400, as imagens são enviadas para um servidor que roda o IDx-DR e o programa, que se vale de inteligência artificial, detecta o nível de retinonapatia do paciente.

Em casos que não são severos, o exame deve ser feito a cada 12 meses.

O lado interessante do uso da inteligência artificial do IDx-DR é que esse exame pode ser feito em qualquer consultório médico, dispensando a necessidade de consultar mais de um especialista. E o resultado sai em menos de um minuto, segundo a desenvolvedora do programa.

Há, porém, limitações: de acordo com a FDA, não é recomendado que pessoas que já passaram por cirurgias nos olhos, tiveram injeções aplicadas no local ou, ainda, têm problemas de visão em estado avançado realizem o exame.

Ainda assim, a praticidade do exame e a rapidez do resultado jogam a favor dessa solução e abrem uma nova perspectiva para que o uso de inteligência artificial possa tornar exames de imagem mais efetivos e práticos.