Tudo de uma vez: Facebook facilita apagar aplicativos em massa no perfil
Deletar aplicativos atrelados ao seu perfil no Facebook não era uma tarefa muito simples: requer um mínimo de boa vontade e saber os passos certos. Mas o escândalo de uso indevido de dados com a Cambridge Analytica deixou o Facebook ainda mais engajado em proteger seus usuários.
Uma mudança descoberta pelo "TechCrunch" nesta terça (3) atesta isso. O usuário que ia para Configurações > Aplicativos se deparava com a lista enorme de apps que ele usa com seu login no Facebook. Antes, só era possível deletar os apps um a um. Agora podemos deletá-los em massa.
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Você pode marcar os aplicativos que quer se livrar e depois clicar em "remover". Um aviso seguinte ainda mostra as implicações de se fazer isso. "Se você remover esses apps e sites, isso pode excluir sua conta e atividade dentro deles."
Ou seja, você pode perder todo o seu histórico e dados naquele app —o seu progresso em um jogo, por exemplo— e isso não vai ser bom se você mudar e ideia e quiser retornar a eles, pois terá que recriar tudo do zero.
O aviso ainda diz: "Eles também não podem mais solicitar informações sobre você no Facebook, mas ainda podem ter informações que você compartilhou anteriormente". A frase meio que tenta tirar do Facebook a responsabilidade sobre atividades ilegais ou imorais daquele app com seus dados obtidos no período em que ele esteve atrelado à sua conta.
Isso foi crucial no caso da Cambridge Analytica, que usou dados de usuários realizados em um teste de personalidade para criar algoritmos que ajudassem em campanhas políticas, como a de Donald Trump e o "Brexit", plebiscito que tirou o Reino Unido da União Europeia.
A janela ainda dá uma opção para o usuário optar em excluir ou não todas as publicações, fotos e vídeos no Facebook que esses aplicativos e sites possam ter publicado em seu nome.
Entenda o caso
Em 2013, a consultoria britânica Cambridge Analytica supostamente usava indevidamente dados pessoais coletados do Facebook para criar perfis psicológicos e gerar anúncios personalizados em campanhas políticas. O escândalo ganhou mais força após reportagens recentes dos veículos "The New York Times", "The Guardian" e "Channel 4".
O fato provocou o movimento #DeleteFacebook, conclamando usuários a parar de usar a plataforma. As empresas do magnata Elon Musk, Tesla e SpaceX, saíram de lá, assim como a fundação Mozilla. Sobre isso, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, deve testemunhar no Congresso dos EUA em 11 de abril, mas por ora, disse não ao Parlamento britânico.
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