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Facebook toma ação para "proteger eleições" e derruba páginas russas

Facebook tem tentado corrigir site de polêmicas recentes - Dado Ruvic/Reuters
Facebook tem tentado corrigir site de polêmicas recentes Imagem: Dado Ruvic/Reuters

Do UOL, em São Paulo

03/04/2018 18h43

Ainda em reação aos recentes escândalos envolvendo o site, o Facebook tomou mais uma medida nesta terça-feira (3). Por meio de seu perfil, Mark Zuckerberg anunciou que a rede social está derrubando mais de 270 páginas e contas ligadas a uma organização russa que atuou para interferir em eleições ao redor do mundo.

Segundo o CEO do site, a medida é um "passo importante para proteger a integridade das eleições no mundo". Até agora, as ações do Facebook contra o grupo chamado Internet Research Agency (IRA) haviam sido de prevenção para impedir que eles atuassem em eleições estrangeiras.

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A atualização de agora envolve ainda o impedimento de que a organização mire em pessoas morando na Rússia. De acordo com Zuckerberg, a agência russa atuou repetidamente de forma "enganosa" e tentou manipular pessoas dos Estados Unidos, Europa e na Rússia. Na rede social, o IRA usava uma complexa rede de contas falsas para enganar as pessoas.

Nós não queremos eles no Facebook em qualquer parte do mundo. Enquanto respeitamos pessoas e governos dividindo suas visões políticas no Facebook, não permitimos que criem contas falsas para fazerem isso.

O Facebook está sob escrutínio nos últimos anos envolvendo diferentes assuntos. O primeiro problema foi o compartilhamento de notícias falsas por meio da rede social. Depois, veio à tona um escândalo que apontou influência russa na eleição de Donald Trump nos Estados Unidos.

Mais recentemente, o escândalo de roubo de dados de 50 milhões de usuários por uma consultoria que atuou na campanha de Trump causou furor mundial e elevou as preocupações sobre como as informações disponibilizadas por usuários são tratadas e vendidas.

O site tem anunciado recentemente uma série de mudanças para prevenir que as polêmicas ocorram novamente. Segundo Zuckerberg, contudo, pode levar "anos" para que o Facebook seja consertado dos seus atuais problemas.