Expectativa x realidade: brasileiro quer app de pornografia, mas acha vírus
A atração do brasileiro – assim como de todo o mundo – por sexo tem feito muito bem a cibercriminosos daqui. Uma análise feita pela Kaspersky, empresa especialista em segurança digital, indica que mais de 12% dos usuários nacionais infectados por malware móvel em 2017 sofreram ataques relacionados a questões pornográficas.
Exatamente. O brasileiro queria ver de sexo no celular, mas no fim das contas acabou encontrando vírus. Os cibercriminosos utilizaram o conteúdo adulto como um chamariz para incentivar que as vítimas instalassem apps maliciosos em seus smartphones.
Veja também:
- 5 dicas para garantir a segurança das informações que você disponibiliza em aplicativos
- Visita indesejada: descubra se algum desconhecido está usando seu Wi-Fi
- Cuidado! Golpes de WhatsApp afetaram 2,5 milhões de pessoas só em janeiro
Os temas de pornografia são mais usados nos dispositivos móveis do que em computadores, segundo os pesquisadores da Kaspersky. Nada menos que 23 famílias de malware usam conteúdo pornográfico para ocultar sua verdadeira função no dispositivo do usuário.
A conclusão da pesquisa é que, ao baixar um app de pornografia desconhecido, o usuário tem grande risco de ser infectado pelos chamados “clickers”. Após instalado, esse malware passa a clicar em links de anúncios ou tenta inscrever o usuário em serviços pagos de mensagens, que consome crédito pré-pago da vítima.
Há malwares ainda piores: os famosos cavalos de tróia, que buscam roubar credenciais bancárias, são o segundo tipo mais comum de malware escondido em players de vídeo pornográfico.
Na lista existe até o ransomware, que pode aparecer no formato de apps legítimos de sites de pornografia e utiliza a técnica scareware: bloqueia a tela do dispositivo e mostra uma falsa mensagem informando que foi detectado conteúdo ilegal (como pornografia infantil). Para liberar o smartphone, é sugerido o pagamento de um resgate.
Essa técnica de amedrontar a vítima é bem-sucedida principalmente em ataques que envolvem pornografia, já que a vítima pensa duas vezes antes de relatar o caso.
“A vítima que foi comprometida por um programa malicioso com conteúdo para adultos pensa duas vezes antes de relatar o incidente, pois o simples fato de estar tentando encontrar conteúdo pornográfico é visto negativamente. Portanto, da perspectiva do invasor, essa pessoa é uma vítima muito mais conveniente”, explica Roman Unuchek, especialista em segurança da Kaspersky.
Para curtir pornografia sem ter problemas com vírus, a empresa oferece essas dicas:
- Utilizar apenas sites confiáveis relacionados a conteúdo para adultos. Frequentemente, os criminosos virtuais montam sites pornográficos falsos com o único objetivo de infectar as vítimas com malware.
- Não instalar aplicativos Android de fontes desconhecidas, mesmo que eles prometam acesso ao conteúdo que você está procurando. Em vez disso, use aplicativos oficiais de fontes confiáveis, como o Google Play.
- Evitar comprar contas invadidas para acessar sites de pornografia. Isso é ilegal, e essas contas podem já estar bloqueadas no momento da compra.
- Utilizar soluções de segurança de Internet confiáveis, capazes de proteger todos os seus dispositivos de qualquer tipo de ameaça cibernética
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.