Energia, hackers e mais: veja dados assustadores sobre os bitcoins

Assunto do momento que gerou manchetes em todo o mundo nesta semana por alcançar uma valorização histórica, o bitcoin tem números assustadores. Você sabe por exemplo o quanto de energia é gasto para gerar a criptomoeda? Ou quantos computadores foram infectados por hackers e mineram sem o usuário saber? Pois é, os dados são espantosos.
A febre atual do bitcoin vem com um misto de empolgação e temor por parte de investidores. Alheios a isso estão muitas pessoas que enxergam na criptomoeda uma forma de ganhar lucros rapidamente – a volatilidade do bitcoin é alta, com intensas variações apenas entre horas do dia.
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Só que gerar bitcoin não é tão simples como no começo da história da moeda. Atualmente, com a febre e a atenção em torno do seu nome, a mineração virtual da moeda atinge dados espantosos.
Imagina a conta de energia
Por exemplo: a mineração do bitcoin gasta mais energia do que 159 países do mundo, segundo levantamento divulgado pela Digiconomist recentemente. Se fossem um país, os mineradores de bitcoins figurariam na 61ª posição na lista de países que mais gastam energia – à frente de Irlanda, Croácia, Uruguai e Equador (o Brasil está em oitavo na lista).
O consumo combinado da mineração atingiu 29,05 Twh (Terawatt-hora), o que equivale a 29 bilhões de kWh (quilowatt-hora). Isso corresponde ainda a 0,13% do consumo mundial de eletricidade. Assustador, não?
Na prática, o bitcoin é um arquivo de computador com uma sequência específica de números. Para gerar as "moedas" virtuais é preciso usar um programa de computador capaz de quebrar a criptografia do arquivo. Esse processo é chamado de mineração.
A mineração funciona como um “empréstimo” da capacidade de processamento do computador para manter a rede de bitcoins funcionando e crescendo. O problema é que para fazer a mineração de moedas é necessária uma grande quantidade de energia e computadores potentes que possam ser utilizados neste processo.
Seu computador pode estar fazendo bitcoins para outro
Minerar bitcoins não é fácil - por isso, hackers arrumam formas de burlar o processo. Dados de setembro de 2017 da Kaspersky, especialista em segurança digital, apontam que 1,6 milhão de computadores no mundo todo estão sendo usados por hackers para minerar criptomoedas.
Como em todo ano passado o número foi de 1,8 milhão, este ano com certeza baterá o recorde – assim como ocorreu em todos os últimos anos. O alto dado significa que seu computador pode estar minerando para um hacker sem que você saiba.
Os cibercriminosos utilizam computadores de outras pessoas para acelerar o processo de criação de bitcoin ao instalarem um malware de mineração. Como o computador apenas perderá capacidade de processamento, muitos donos das máquinas nem percebem que há algo errado com o equipamento.
Bilhões perdidos
Nem tudo são flores nos bitcoins. Outro estudo, publicado pela revista Fortune, apontou que entre 2,78 milhões e 3,79 milhões de bitcoins estão perdidos para sempre. Isso representa US$ 38 bilhões (R$ 123 bilhões) em valores atuais. Sim, bilhões.
A quantia mostrada pelo primeiro estudo que busca mensurar quantos bitcoins se perderam desde que ele foi criado aponta que entre 17% e 23% das moedas estão perdidas. É claro que a maioria das criptomoedas foi perdida nos primórdios do bitcoin, quando ele valia apenas alguns centavos e as pessoas não se importavam em perder as moedas.
O bitcoin pode ser perdido de diferentes formas. Uma delas é se uma pessoa compra criptomoedas e perde sua chave de segurança – o valor na carteira virtual nunca mais poderá ser acessado. Já se um bitcoin está salvo localmente em um HD, ele também pode ser perdido se houver algum problema com o equipamento.
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