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Por que os EUA querem barrar os laptops de malas despachadas em voos?

Bateria de notebook pode ser perigosa para aviões - Getty Images/iStockphoto
Bateria de notebook pode ser perigosa para aviões Imagem: Getty Images/iStockphoto

Colaboração para o UOL

24/10/2017 04h00

A FAA (Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos) passou a recomendar que os laptops sejam banidos de bagagens despachadas em voo e a razão disso tem relação direta com a bateria dos computadores portáteis, que podem causar um incêndio. É importante ressaltar que não estamos nos referindo aqui a bagagens de mão, que continuam podendo transportar laptops normalmente.

O órgão conduziu testes com dez laptops totalmente carregados dentro de uma mala. Próximo à região da bateria de lítio do computador, foi colocado um aquecedor para forçar um distúrbio térmico.

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Nos primeiros cinco testes, as malas continham roupas e sapatos. Em quatro tentativas, o fogo foi contido e as malas não chegaram a ser violadas. Em um dos testes, sem um sistema de segurança contra fogo, a mala foi danificada - a bateria esquentou tanto que fez um buraco na bagagem, o que permitiria a entrada de oxigênio, fazendo com que o fogo se espalhasse ainda mais.

Nos testes restantes, foram adicionados nas malas itens como um frasco de xampu seco, removedor de esmalte e um pequeno frasco de higienizador de mão. Aí que as coisas se complicaram: na bagagem com o xampu, o recipiente explodiu. Em outros testes com os itens de higiene, começou um incêndio difícil de ser contido, o que poderia comprometer seriamente a estrutura de um avião.

Um dos motivos por que ainda não vimos incidentes do tipo é que as pessoas costumam levar laptops em suas bagagens de mão. No entanto, a recomendação do órgão de aviação dos Estados Unidos é curiosa, pois há alguns meses o governo dos Estados Unidos tinha determinado a proibição de laptops em bagagem de mão (portanto, os aparelhos só podiam ser transportados em malas despachadas) para passageiros vindos da Turquia, Líbano, Jordânia, Egito, Tunísia e Arábia Saudita. A ação foi revogada pelo próprio governo em julho.

Por ora, a FAA apenas submeteu o estudo ao Icao (Organização de Aviação Civil Internacional), órgão da ONU (Organização das Nações Unidas) que discute regras de aviação, e não há nenhum tipo de banimento de transporte de laptops. Porém, o assunto deve ser discutido em reunião marcada para esta semana.

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