Leitor digital Kobo Glo cumpre seu papel com muito estilo e tela iluminada

O leitor digital Kobo Glo é uma gracinha, como diria a apresentadora. Com tela sensível ao toque de 6 polegadas e 1 centímetro de espessura, ele se encaixa bem até nas menores mãos adultas, oferecendo conforto na hora da leitura. De quebra, está disponível em quatro opções de cores na parte traseira – incluindo aí um pink nada discreto. Mas não se trata apenas de um corpinho bonito: o leitor oferece conteúdo, e muito. Pode armazenar até 1.000 livros em seus 2 GB ou 30 mil títulos, caso seja inserido um cartão de memória com 32 GB.
O modelo Kobo Glo é o mais caro de sua família: custa R$ 450 no Brasil. Como top de linha, é o único Kobo com um sistema de iluminação de tela que permite ler mesmo no escuro. Seus irmãos também vendidos pela Livraria Cultura são o Kobo Touch (R$ 400), com a principal diferença de não ter luz, e o diminuto Kobo Mini (R$ 290), que fica devendo também expansão de memória.
Leitor digital x tablet: qual o melhor para ler e-books?
Esses e-readers usam em sua tela a tecnologia e-ink, que muitos já conhecem do concorrente Kindle. A tecnologia faz com que a tela do eletrônico imite muito bem uma folha papel , eliminando todo tipo de reflexo.
O sistema de iluminação, que num primeiro contato pode parecer uma frescura, é muito bem-vindo (dá até para controlar a intensidade do brilho). Até então, só era possível “acender” a tela nos e-books visualizados em tablets ou no leitor Kindle Paperwhite (ainda não vendido oficialmente pela Amazon no Brasil).
Livraria
O Kobo é abastecido no Brasil pela loja virtual da Livraria Cultura, que promete um total de 1 milhão de livros digitais, sendo 13 mil em português e 12 mil gratuitos (os preços dos mais vendidos se assemelham aos valores praticados pela Amazon).
Assim como acontece com o Kindle, o usuário do Kobo pode ler um mesmo livro no leitor eletrônico, no smartphone, no tablet ou no computador – para isso, basta baixar um aplicativo gratuito.
O usuário também tem a possibilidade de transferir para o e-reader arquivos que não são da Livraria Cultura – o eletrônico é compatível com diversos formatos, inclusive PDF. Mas esses casos exigem um pouco mais de trabalho para levar o conteúdo até o e-reader: será necessário conectar o gadget ao computador e usar o software Adobe Digital Editions para fazer a transferência.
Kobo Glo
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Preço sugerido: R$ 450 |
Tela: 6 polegadas (sensível ao toque; tecnologia e-ink; sistema de iluminação para ler no escuro) |
Dimensões: 11,4 x 15,7 x 1 cm |
Peso: 185 gramas |
Processador: 1 GHz |
Armazenamento: 2 GB (expansível para até 32 GB) |
Conexão: Wi-Fi e porta Micro USB |
Bateria: Até um mês |
Arquivos compatíveis: Epub, PDF, Mobi, JPEG, GIF, PNG, TIFF, TXT, HTML, XHTML, RTF, CBZ e CBR |
Pontos positivos: Confortável, bonito, tela imita papel, iluminação própria, bom sistema de organização de conteúdo, compatível com diversos formatos de arquivo. |
Pontos negativos: Primeiro contato não é intuitivo, não tem carregador para tomada, não tem 3G, integração com Facebook é limitada. |
Se você se atrapalhar nesse ou em outros processos, pode sempre contar com uma central de ajuda via telefone ou e-mail, sendo que esta última alternativa promete respostas em até 24 horas (o prazo foi cumprido com antecedência no teste da reportagem).
Usabilidade
Apesar de ter um objetivo simples – funcionar como plataforma de livros digitais --, o Kobo não é o eletrônico mais fácil de usar. Para entender e se habituar aos seus comandos, o usuário deve recorrer ao manual: sem essa ajuda, a brincadeira de tentativa e erro chega a ser irritante.
O mais fácil é virar as páginas para frente ou para trás, apenas com um toque ou deslizando o dedo. Mas a reportagem apanhou um pouco – até recorrer ao manual – para entender que tipo de comando levava ao menu que permite, por exemplo, selecionar o tamanho das letras e exibir no Facebook o livro que você está lendo (essa ponte com a rede social, bastante engessada, não permite que o usuário vá muito além de mostrar o título e fazer um comentário).
Também é possível escolher o tipo de fonte, o espaçamento entre as linhas, a justificação, grifar e separar trechos do livro, recorrer ao dicionário disponível em diversas línguas, fazer buscas e usar um teclado virtual para anotações. A tela sensível ao toque, que só exibe conteúdo preto e branco, responde bem aos comandos.
Agora uma notícia boa, uma ruim. A boa é que, segundo o fabricante, a bateria dura até um mês. A ruim, que o aparelho vem apenas com cabo USB para ser carregado via computador, e não na tomada (sua entrada é Micro USB). Na página de acessórios do leitor, é possível comprar o carregador de tomada (R$ 65) e o carregador automotivo (R$ 45).
Ele também não tem tecnologia 3G e, por isso, o usuário precisa estar sempre conectado a uma rede Wi-Fi ou a um computador com acesso à internet para poder transferir conteúdo ao e-reader.
Organização
O Kobo tem um sistema que facilita a vida do usuário, na hora de organizar sua biblioteca virtual. Ele oferece, por exemplo, um sistema de prateleiras com o qual é possível criar grupos de livros similares (“suspense”, “romance”, “biografias”, “inacabados” etc).
Ainda mais além vai a ferramenta “reading life”, que exibe estatísticas de leitura: quantas horas foram lidas e quantas páginas viradas do conteúdo em andamento. Em relação aos livros já terminados, dá para saber qual o total de títulos, quantas horas de leitura e qual a porcentagem da sua biblioteca já foi concluída.
Há também prêmios, que o usuário ganha a cada ação. O selo “era uma vez” é dado quando se começar a ler um título novo, o “hora do rush” vem quando se lê no mesmo horário em cinco dias diferentes e o “não é um livro aberto” aparece quando uma leitura é concluída. Não é mesmo uma gracinha?
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