Serviço de armazenamento de arquivos Mega apresenta lentidão e instabilidade em sua estreia

Um ano após o fechamento do site Megaupload, seu fundador, Kim Dotcom, inaugurou um novo site de armazenamento de arquivos: o Mega. O serviço baseado na Nova Zelândia, lançado no sábado (19), está disponível em diversas línguas (inclusive português do Brasil) e oferece até 4 TB (terabytes) de espaço de armazenamento, mediante pagamento mensal de 30 euros (cerca de R$ 82). A versão gratuita dá direito a 50 GB de disco virtual, mas ainda apresenta muita lentidão, instabilidade e falhas.
Em sua conta no Twitter, Kim Dotcom deu uma explicação para os problemas: “Se você está enfrentando acesso lento ao Mega, é por causa de sua demanda inacreditável. Estamos trabalhando para oferecer mais capacidade”, escreveu. Nem todos reagiram bem: um internauta perguntou quando o acesso ficaria melhor, pois estava começando a se cansar das tentativas de uso da novidade.
Nos testes do UOL Tecnologia nesta segunda-feira (21), o programa ficou instável por horas.
Após inúmeras tentativas de subir uma foto de 51 KB falharam. A versão gratuita do serviço mostrava que ela havia sido 100% carregada após cerca de três minutos. A imagem, porém, não aparecia no Mega. Após mais de 11 minutos, o carregamento foi reiniciado, e o upload começou novamente do zero (a uma velocidade de 140 B/s). A segunda tentativa também foi cancelada, dando início ao terceiro upload do mesmo arquivo – que novamente falhou.
Em outro computador, o upload de uma imagem de 1 MB também apresentou problemas: a porcentagem de envio do arquivo teve instabilidade por mais de 20 minutos, exibindo valores de forma sem lógica (de 90% para 70% de carregamento, por exemplo). Nesse segundo caso, o problema continuou.
Como funciona
Na teoria, o uso do serviço é simples. Mas, conforme já mencionado, nos testes desta segunda ele apresentou resistência.
Para se registrar no Mega, basta digitar seu nome, endereço de e-mail e uma senha. Uma mensagem é enviada para essa conta de e-mail cadastrada, e você deve confirmar sua senha. A partir daí – novamente, na teoria --, é possível enviar seus arquivos para o serviço, que ficarão disponíveis em qualquer computador com acesso à internet. No dia do lançamento, segundo Dotcom, 250 mil usuários se cadastraram.
A novidade é compatível com os principais navegadores, segundo os desenvolvedores, e em breve estará adaptada para tablets e smartphones.
Em testes realizados na manhã de segunda-feira, foi impossível subir arquivos no Mega
Depois de fazer o cadastro, é possível armazenar até 50 GB de arquivos no serviço sem pagar nada por isso – a título de comparação, o Google Drive oferece 5 GB grátis a seus usuários. Os pacotes pagos do Mega custam 10 euros por mês (500 GB de espaço), 20 euros por mês (2 TB) e 30 euros por mês (4 TB). Como o Mega funciona online, não é necessário instalar o programa no computador para utilizá-lo.
Para subir um arquivo, basta clicar em “File Upload” (upload de arquivo), selecionar o documento e depois clicar no ícone “Upload”. Ele mostrará o tamanho, a velocidade de transferência, tempo decorrido e tempo restante para completar a operação. Além de selecionar, também é possível clicar e arrastar para o site o documento desejado.
Apesar da simplicidade, os testes feitos pelo UOL Tecnologia mostram que ainda não dá para confiar no serviço, que apresenta instabilidade. Mesmo que o usuário consiga subir um documento, por exemplo, não é garantido que poderá acessar esse conteúdo futuramente.
Criptografia
Segundo o site, todo o conteúdo que o usuário sobe é criptografado – por isso, os responsáveis pelo serviço não têm acesso às informações dos usuários. Sobre a legalidade do Mega, sua central de ajuda afirma: “Segundo nossos conhecimentos, nenhuma jurisdição considera ilegal armazenamento de arquivos ou criptografia”.
Quando o Megaupload foi fechado, em janeiro de 2012, o FBI (polícia federal norte-americana) acusou o site de "promover a distribuição em massa" de conteúdo protegido por direitos autorais, causando prejuízos de US$ 500 milhões aos seus afiliados. Na época, o site de Kim Dotcom tinha mais de 150 milhões usuários registrados, 50 milhões de visitantes diários e somava 4% de todo tráfego da internet mundial.
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