Túnel do tempo: mIRC, MSN, Napster e mais programas que deixaram saudades
Quem teve computador em meados dos anos 90 ou começo dos 2000 sabe que a vida não era tão fácil. Nesse período, quando a internet começava a bombar pelo Brasil e pelo mundo, muita gente teve acesso a programas que facilitaram suas vidas e que deixaram saudades.
Antes do Facebook ou de outras redes sociais, conversar com as pessoas pela internet requeria um programa. Então você precisou do mIRC, ou pouco depois, do ICQ ou MSN para isso, com altos papos madrugada adentro, quando a banda larga nem existia e você usava o pulso único da linha telefônica para baratear o acesso à web, lembra?
E baixar arquivos de músicas com boa qualidade -- os então inéditos mp3 -- pelo Napster? Descompactar arquivos que vinham em disquetes com o Winzip? Desenhar com o mouse pela primeira vez com o Paintbrush? Ou os joguinhos padrão do Windows?
Fala a verdade, você já está se emocionando só de lembrar. Então vem com a gente nessa viagem mágica e misteriosa pelos softwares do passado.
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Paintbrush
Muito antes de você saber o que era Photoshop, este programa nativo do Windows desde sua primeira versão foi certamente seu primeiro contato com as possibilidades da interface gráfica em um computador. Embora seja pouco preciso até hoje, desenhar usando o mouse parecia coisa do futuro na época. E pensar que o simpático Paint está agora sendo renegado pela Microsoft... Leia mais
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Netscape
Quem começou a usar a internet no fim dos anos 90 provavelmente tem muito a agradecer ao Netscape, o primeiro navegador web a se tornar popular. Estável e robusto, o navegador conseguia nos enrolar bem enquanto a página carregava com uma animação legal do "N" sendo atravessado por cometas. Ele foi comprado pela AOL e descontinuado em 2008, mas parte da equipe criou a Mozilla, entidade responsável pelo Firefox.
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mIRC
O mIRC era o programa mais popular para se usar o IRC, protocolo de bate-papo usado em todo o mundo desde os primeiros anos da internet. Era comum os brasileiros se encontrarem no mIRC à noite, porque o acesso à internet era pela linha do telefone e papear em horário comercial deixaria a conta mais cara. Deus abençoe a banda larga. As salas de cidades tinham tanta gente entrando e saindo que não dava para acompanhar a conversa direito.
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ICQ
Quando o mIRC começava a dar sinais de cansaço, fomos apresentados no começo dos anos 2000 a uma pequena maravilha chamada ICQ (acrônimo de "I Seek You"), um dos primeiros programas de comunicação instantânea que conquistaram o Brasil e outros países. Criado pela empresa israelense Mirabilis, o ICQ ficou famoso pelo "oh-oh" que soava no alto falante quando chegava mensagem nova.
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MSN Messenger
A Microsoft não quis ficar atrás da tendência e lançou em 1999 o MSN Messenger. Apesar da concorrência com o ICQ, o programa de Bill Gates pouco a pouco conquistou os brasileiros. Quando a ferramenta passou a aceitar GIFs e emoticons, o sucesso foi total. Com a comunicação por celular, o MSN foi caindo em desuso até ser desativado e ter sua base de usuários migrada para o Skype.
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Napster
Este programa fez todo mundo entender o que era música digital. Com um download de um arquivo mp3, relativamente leve mas com qualidade de áudio comparável a do CD, o mundo inteiro passou a trocar músicas entre si. Abriu caminhos para sucessores tão populares quanto, como o Audiogalaxy, Kazaa, Emule e Limewire. O lado negativo disso foi a ascensão da pirataria, que por sua vez enfraqueceu a indústria musical. Com o YouTube, Spotify, Deezer e outros programas de streaming, baixar mp3 perdeu um pouco do charme hoje em dia.
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Winamp
E como ouvir os arquivos de mp3 do tópico anterior? Com o mais popular tocador desse tipo de arquivo --o Winamp, claro. Eficiente e com seus skins coloridos, fez a cabeça da galera durante muitos anos. Atualmente anda aos trancos e barrancos; sua última versão é de 2014, mas o site oficial diz estar trabalhando em uma reformulação do programa. Leia mais
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Paciência
Esse praticamente dispensa apresentações. Quem nunca ensinou sua mãe ou avó a passar horas virando cartinhas e arrumando-as até terminar o jogo e ver todas elas caindo como cachoeira?
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Campo Minado
Outro jogo clássico do Windows, frustrou muita gente quando o famigerado emoticon de olhos mortos sinalizava o final do jogo. Clicar nas áreas sem bombas era para os espertos.
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Word
Tá certo que muita gente ainda usa o Microsoft Word até hoje, mas foram naqueles primórdios do Windows 95 ou XP que o programa atingiu seu auge. Era impossível abrir um PC sem um Word instalado, seja em casa, na escola ou no trabalho. Hoje temos editores de texto online do Google ou mesmo o próprio Word, então a instalação dele na máquina ficou menos importante.
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CorelDRAW
Um clássico dos designers e casas de impressão e editoração, o CorelDRAW impressionava com aquele monte de ferramentas para desenho vetorial. Não era muito fácil de mexer, mas não deixava de ser divertido cutucar nas paletas de cores e inventar umas maluquices em degradê, apenas por diversão. Para quem parou de acompanhá-lo, saiba que ele existe até hoje.
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Pagemaker
Importante para diagramar revistas e jornais, o Pagemaker era um pouco mais caprichado que o Word e foi um clássico em muitas empresas e faculdades de comunicação. Ele acabou em 2004 e foi substituído pela Adobe pelo InDesign.
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Winzip
Outro que até hoje tá aí, mas que nos anos 90 era bem mais importante. Afinal, como levar a instalação do jogo "Doom" para a casa do seu colega? Fragmentando o programa e "zipando" (compactando) as partes em vários disquetes, claro! E assim os jovens se viravam para transportar arquivos pesados. Algo que o armazenamento de conteúdo em nuvem nos fez esquecer.
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Wordstar
Esse último é para os fortes. Antes do Windows, a Microsoft estava nos computadores com o sistema DOS, que era só uma tela preta com letrinhas brancas (ou verdes, dependendo do monitor) esperando comandos de texto. E acredite: existiam programas para DOS. O Wordstar foi o editor de texto avô do Word: nascido em 1978 (!), era controlado por meio de atalhos de teclado. Por mais chato que isso pareça, saiba que até hoje ele tem adeptos, como o criador de "Game of Thrones", George R. R. Martin. Dizem as más línguas que é um dos motivos que fazem ele demorar para terminar os livros. Leia mais
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