Invasão de carro a "sequestro": as ameaças online que vão te afetar em 2018
Se na vida real a criminalidade no Brasil anda alta, o mesmo vale para a internet. O ano de 2017 já foi marcado por grandes casos de ataques criminosos online e o cenário não deve mudar no próximo ano. Quem afirma isso é a Kaspersky, empresa de cibersegurança que apresentou em São Paulo nesta quarta (22) suas projeções para o próximo ano.
A Kaspersky dividiu a lista de projeções em três distintas: projeções de ciberataques no mundo, na América Latina e contra consumidores finais. O que importa para a maioria dos usuários é a última opção, apesar de ataques massivos globais poderem te afetar.
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Entre as ameaças globais e da América Latina que podem respingar em usuários comuns, estão ataques com malweres sofisticados para o mobile e outros que envolvem vazamentos de dados de consumidores, como ocorreu recentemente com 57 milhões de usuários do Uber.
A frase sempre repetida pelos analistas da Kaspersky é: quanto mais usada uma tecnologia é, mais ataques ela sofrerá. Isso vale para todos os itens da lista abaixo.
As principais ameaças online em 2018:
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Carros inteligentes
Carros inteligentes e conectados já se espalham no mercado brasileiro. E, por isso, é provável que ameaças contra eles apareçam com mais frequência. Isso pode envolver brechas que forneçam acesso a dados de veículos, rotas e passageiros. A conectividade bluetooth, na qual muitos se apoiam, pode ser um viés explorado por hackers. Um pesquisador da Kaspersky conseguiu invadir um app de uma grande montadora e ter controle de um carro, incluindo poder abrir portas, ativar o airbag, entre outros.
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Falhas em dispositivos médicos
Dispositivos médicos conectados também podem ser alvos de falhas. Hoje em dia, vários equipamentos médicos possuem conexões e tecnologias avançadas, o que pode ser aproveitado por hackers em busca de brechas. Há cerca de dois meses, uma empresa norte-americana chegou a anunciar uma espécie de "recall" de 465 mil marca-passos, com atualização para corrigir vulnerabilidades a hackers.
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Mais ataques de ransomware
Quem aí não se lembra do vírus WannaCry em maio deste ano? O ataque massivo global sequestrou o computador de usuários comuns e de empresas, exigindo o pagamento de um resgate em bitcoin para devolver o acesso às máquinas. Segundo analistas da Kaspersky, a previsão é de que sejam registrados mais casos do tipo no próximo ano. A equipe disse já ter visto até vírus avançado do tipo criado por brasileiros. A prática deve se espalhar para plataformas além do PC - por exemplo, sequestro do celular do usuário, o que já foi visto na Colômbia.
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Dispositivos conectados
A "internet das coisas" coloca todos os dispositivos da sua casa em risco. Por via de regra, qualquer aparelho que tenha algum tipo de conexão está sob perigo de um ataque hacker. Muitas vezes, o usuário pode nem se dar conta de que está sob ataque. Um criminoso pode hackear sua TV, por exemplo, para entender hábitos de consumo e saber quando você está ou não em casa. Ou hackear todo o sistema de uma casa conectada, como já foi mostrado em uma popular série de televisão.
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Equipamentos fitness
Quanto mais populares se tornarem, mais equipamentos fitness podem ser alvo de hackers. Isso envolve relógios, pulseiras e outros acessórios usados para acompanhar a atividade física. Hackers podem conseguir descobrir seus passos e sua localização em tempo real se tiverem acesso ao dispositivo.
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Internet banking e pagamentos móveis
Não tenha dúvidas: os seus hábitos em pagamentos bancários pelo computador ou pelo celular continuarão sendo alvos de hackers. Por isso, é bom tomar sempre cuidado - o Brasil foi o segundo país com mais trojans bancários em 2017, segundo a Kaspersky. A expansão dos pagamentos móveis para modalidades como celular, pulseiras e afins também deve deixar essas plataformas mais visadas.
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