Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Estudantes de PB, SP e BA fazem bonito em 'olimpíadas' de programação
Programadores ainda são vistos com aquele estereótipo de uma pessoa avessa a exercícios, que não sai ao sol, que usa óculos por culpa de muita exposição às telas e sem muita vida social (fora do computador).
Até que esse estereótipo tem os seus motivos, principalmente na época em que era raro o acesso a computadores e quando apenas os nerds mais dedicados montavam os seus próprios computadores em casa para ter acesso.
Com o passar do tempo, essa imagem dos programadores foi mudando, hoje se tem programadores "de todos os tipos e tamanhos". Há os descolados, os atletas, os puxadores de ferro, os artistas e, principalmente, não só "os", mas também "as", "es", "xs"... A programação está cada vez mais diversa e se esforçando para ser inclusiva.
Mas? Não é sobre os atletas que eu quero falar hoje. Vamos falar de um tipo de maratona que eu, particularmente, acho bem mais legal do que ficar correndo (sim, eu me encaixo mais no estereótipo atrasado), as maratonas de programação.
Em poucas palavras, maratonas de programação são competições onde as equipes inscritas recebem problemas de programação para resolver e possuem um tempo determinado para entregar a solução. Depois as melhores são premiadas. Às vezes são em período curto como um final de semana ou podem ocorrer em etapas.
Para quem nunca ouviu falar pode pensar: "mas receber problemas e ter um tempo curto para entregar é o mesmo que um trabalho normal de programação". Pensando assim, sim. Mas a diferença é que você se põe à prova, competindo com diversas equipes que têm que resolver o mesmo que você.
Há o clima de competição, de superação, a divisão do trabalho na equipe, a sensação de que você está competindo com pessoas muito boas e que você pode ainda aprender muito num curto período.
Recentemente aconteceu a final da 25ª Maratona de Programação da SBC, de forma online. A maratona contou com equipes de diversas universidades brasileiras, tendo a equipe da UFCG (Universidade Federal de Campina Grande) como a grande campeã e que foi medalha de ouro junto com as equipes da Unicamp e UFBA (Universidade Federal da Bahia).
Além dessas, uma equipe da USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos e uma da USP-SP ficaram com a prata, mas também conseguiram se classificar para a final mundial, que contará com essas cinco equipes nacionais.
Um destaque para o ICMC da USP São Carlos, que pelo quarto ano consecutivo conseguiu classificar sua equipe para a final mundial, ainda sem data e local definidos por conta da pandemia.
Deixo meus parabéns a todos os competidores, espero que essa experiência os proporcione uma ótima bagagem para a vida.
Fica também a minha torcida pelos brasileiros agora no mundial. O meu lado professor sempre se emociona ao ver equipes de alunos dedicados a um objetivo como esse.
Uma ótima semana a todos.
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