Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
5G no Brasil: tecnologia avança, mas dificuldade será funcionar nas favelas
O 5G, a nova geração de redes móveis que está dando o que falar, deu um importante passo em 2021: ter o leilão realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), para que as operadoras do país possam explorar a tecnologia comercialmente.
Muitas pessoas, inclusive eu, ficaram com o questionamento de quais seriam as próximas etapas de agora em diante e o que podemos esperar dessa tecnologia em 2022.
A expectativa é que possamos ver alguns avanços nesse ano, mas, a realidade é que talvez para os brasileiros ainda demore um pouco para vivenciarmos as diferenças fornecidas por essa rede no dia a dia.
Isso se deve ao fato de que as empresas arremataram faixas, que funcionam como avenidas no ar para transmitir dados, porém ainda é preciso instalar a infraestrutura de antenas e fibras ópticas para levar a conexão para a população.
E daí, só depois disso, que as primeiras aplicações devem começar a aparecer.
No Brasil, a expectativa é que as primeiras redes exclusivamente de 5G passem a funcionar no país em 31 de julho deste ano em todas as capitais e também no Distrito Federal.
O que não quer dizer que todos os bairros dessas cidades terão a cobertura ao mesmo tempo, já que a exigência é que se instale pelo menos uma antena a cada 100 mil habitantes, o que muito provavelmente fará com que a conexão seja levada para as regiões em que cada operadora considere mais importante para suas finanças.
E, é nessa etapa que permeiam algumas problemáticas acerca da questão.
Isso porque as regiões que possuem um maior número de tráfego de internet, as que possuem mais empresas e negócios provavelmente serão as primeiras a ter a tecnologia. Além do fato de que será preciso um aparelho compatível para usar essa rede em específico. O que deixa nítido que as localidades com maior poder aquisitivo serão aquelas que irão estar na prioridade das operadoras.
Por isso, algumas capitais e principalmente as favelas terão dificuldades de oferecer a conexão em comparação com outras regiões. Então, para mim, está mais do que claro que o 5G não será para todos, pelo menos não no início.
* Colaborou Gabriela Bispo, planner e redatora da InfoPreta
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