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No game brasileiro Desktop Agents, "Cov1d" se torna vírus de computador

Em Desktop Agents, a Cov1d é um vírus de computador - Divulgação/Microblast Games
Em Desktop Agents, a Cov1d é um vírus de computador Imagem: Divulgação/Microblast Games

Makson Lima

Colaboração para o START

15/05/2020 04h00

"Considere usar máscara para jogar". É o alerta dos desenvolvedores da Microblast Games na página do jogo Desktop Agents - Cov1d-999 no Steam. O nome não é uma coincidência, já que o game promove exatamente a "limpeza" de um vírus, só que de computador, pegando emprestado o desktop de quem joga como pano de fundo para um twin-stick shooter dos mais competentes.

"Já tínhamos o jogo antes mesmo de surgir a pandemia atual, por incrível que pareça", comenta Rafael Capelini Carminatti, um dos criadores do game, em entrevista ao START. Com a Covid-19 já dominando as notícias em todo mundo no início de 2020, eles pensaram: "Por que não o vírus do nosso game ser o Cov1d-999?".

Apesar de lembrar um assunto bem atual, Desktop Agents é muito mais sobre o passado. O game é um Space Invaders acelerado para nossos tempos, usando seja lá qual imagem você tiver como papel de parede para formar o cenário. Inventivo, sem dúvidas.

Capelini explicou um pouco da técnica usada para a tela do jogador entrar no game: "O game utiliza alguns códigos fontes do Windows, placa de vídeo e do aplicativo em si para fazer o mesmo rodar em transparência".

O estúdio já usou esse recurso em jogos passados, como CPU Invaders, em um estilo que eles gostam de chamar de "Screen Overlap".

Com a quarentena, o brasileiro diz que o estúdio agora foca 100% do tempo de desenvolvimento para jogos de Steam, algo que já vem fazendo há cerca de seis anos. Além, é claro, de bater um papo com a gente.

START: Esse universo do twin-stick shooter, e que acaba sendo um dos mais primordiais dos videogames, tem uma concorrência das mais brabas. Isso afetou a produção do jogo de alguma forma?

Rafael Capelini criador de Desktop Agents - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução
Rafael Capelini: Sim, gostaríamos de relembrar como era os videogames de anos atrás que mesmo passando o tempo, ainda fazem sucesso, basta dar alguns diferenciais, trazendo-o para nossa realidade. Afetou positivamente, como a maioria já conhece ou jogou algum gênero twin-stick shooter, chama a atenção do público e nós também curtimos muito esse estilo!

START: Vocês têm jogos de muitos gêneros diferentes. Como é esse processo de experimentação? Red Risk é um dos nossos favoritos.

Rafael Capelini: Red Risk também é meu favorito (infelizmente não recebeu a nota que merecia). Gostamos de plantar a nossa semente em vários cantos do mundo e para quase todos os gostos. Queremos focar em 9 estilos de games diferenciados uns aos outros, não mais do que isso (risos).

START: Planos futuros para a Microblast? Pretendem continuar transitando por tantos gêneros diferentes?

Rafael Capelini: Temos muitos planos para este ano de 2020, neles incluem um novo game para a Steam em Realidade Virtual chamado GAMECINE. Trata-se de pequenos filmes em VR em que o jogador poderá ser o herói de diversos universos totalmente diferenciados uns dos outros. Já estamos desenvolvendo o mesmo há alguns anos e você que tem um VR, não deixe de experimentar! Também teremos mais um título utilizando o fundo transparente que ainda é segredo.

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