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Ricardo Feltrin

REPORTAGEM

SBT e TV Cultura negam ter sido hackeadas, mas redobram segurança

Até agora, tudo certo no SBT de Silvio Santos e na Cultura - Reprodução/Instagram
Até agora, tudo certo no SBT de Silvio Santos e na Cultura Imagem: Reprodução/Instagram

Colunista do UOL

09/10/2022 11h16

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Por meio de seus departamentos de Comunicação, o SBT e a TV Cultura negaram ter sido "hackeadas".

Os boatos surgiram ontem (08) na internet, após a Record ser "hackeada" e ter todos seus arquivos armazenados em "nuvem" (reportagens, quadros, programas antigos, pilotos etc) "sequestrados".

Neste domingo, a Record corre para substituir os quadros e reportagens gravadas por meio de arquivos físicos ("cards", discos etc.).

Esta coluna também conversou com dois funcionários das duas emissoras que estavam ontem no plantão. Ambos disseram não terem percebido ou sido informados de nada.

Segurança reforçada

Porém, a coluna apurou que, após os rumores de invasão se espalharem, acionaram executivos e departamentos de TI (Tecnologia de Informação) e tomar medidas para redobrar a segurança dos sistemas.

Todas as emissoras abertas hoje armazenam a totalidade de seus acervos apenas em "nuvens". Explicando de forma simples, é como se cada TV (ou qualquer empresa) tivesse um "cofre" num banco e que só elas têm a chave e pudessem acessar.

Cofre de banco

Assim como pessoas físicas fazem nos bancos, as empresas também pagam uma mensalidade para ter esse cofre.

Mas boa parte das emissoras ainda armazena seus conteúdos em discos de alta definição, fitas e "cards".

Outras também têm back-up integral guardado em outra "gaveta" no cofre. Aparentemente, não deve ter sido o caso da Record.

O que a emissora do bispo Macedo pode ter sofrido (ela não se manifestou desde ontem, apesar da insistência da coluna) é que alguma falha permitiu aos "hackers" se esgueirarem pelo sistema, entrassem no tal "cofre", o trancassem e trocassem a fechadura (senha).

A cúpula da Record não tem dúvidas de que o incidente é parecido com o que a JBS sofreu no ano passado: o "sequestro" de seus dados com posterior pedido de resgate.

A JBS admitiu ter pago US$ 11 milhões para voltar a ter acesso ao próprio "cofre".

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