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Érick Jacquin abre o jogo sobre programa dos sonhos: 'Xingo e a TV me paga'

Com a ausência de Fogaça, Erick Jacquin se tornou o jurado mais velho do MasterChef. - Reprodução/Band
Com a ausência de Fogaça, Erick Jacquin se tornou o jurado mais velho do MasterChef. Imagem: Reprodução/Band

De Splash, em São Paulo

09/05/2023 04h00

Érick Jacquin, 58, estreou na décima temporada do MasterChef Brasil, no último dia 2 de maio, como último jurado remanescente da formação original do programa da Band.

Com Henrique Fogaça de licença e Paola Carosella na Globo, o cozinheiro francês é a grande atração de uma edição recheada de nostalgia com a competição dos amadores. Na atual temporada, ele forma o trio de jurados com Helena Rizzo, que assumiu o posto de Paola, e Rodrigo Oliveira, que substitui Fogaça este ano.

Em entrevista exclusiva a Splash, o chef de cozinha é só elogios ao MasterChef, mas diz que gostaria de voltar a ter seu voo solo na TV. "Eu gostaria também de ter um programa. Adorei o Pesadelo na Cozinha porque foi extraordinário para mim", diz Jacquin, citando a atração que comandou por três temporadas na Band com a missão de salvar restaurantes da falência.

Aos risos, o cozinheiro relembra o programa que apresentou até 2021 para dizer que o que mais gostava mesmo era poder falar tudo o que pensa e ser bem pago para isso.

Como eu falo, antigamente eu dava bronca, xingava, jogava uma panela e pegava um processo trabalhista. No Pesadelo na Cozinha, eu xingo, jogo a panela, mando embora e a TV me paga. Então, é muito diferente, é muito melhor. O Pesadelo eu adorei, é maravilhoso. O MasterChef eu gosto. Pode ser um dia outro programa para inovar um pouco, por que não?

Jacquin diz que a entrada na televisão salvou a sua carreira profissional. "Comecei o MasterChef e meu telefone começou a tocar de novo. Isso aqui é uma coisa que você não pode imaginar como é muito boa. Eu consegui abrir um restaurante, consegui pagar a minha dívida, eu consegui tanta coisa com o MasterChef que eu posso só agradecer", afirma.

Hoje, o chef tem cinco restaurantes e promete abrir mais quatro ainda neste ano. Indagado se pensa em dar uma pausa da TV, ele afirma não saber qual será seu futuro no reality.

Após quase dez anos de MasterChef, o francês relata que não precisa mais de uma grande preparação para saber o que fazer na hora do luz, câmera e ação. A experiência na atração, no entanto, trouxe uma disciplina que o fez entender as diferenças entre um estúdio de gravação e sua cozinha.

"Para fazer o MasterChef precisa ser disciplinado. Parece que é brincadeira, mas não é. Precisa chegar na hora porque no estúdio de um programa tem mais de 100 pessoas trabalhando. Você deve chegar na hora, não pode faltar, deve respeitar e ouvir. Quando você é chefe na sua cozinha, você faz o que quiser. Aqui não, você tem que ter disciplina, atenção e respeito", pontua

O que mudou mais na minha vida com o MasterChef? A frase que eu mais ouço quando saio na rua é: 'tira foto comigo'. Antigamente as pessoas falavam: 'oi, tudo bem. Como vai?'. Agora não, elas pedem: 'tira foto comigo'. Isso mudou muito

Érick Jacquin vê os participantes amadores de 2023 chegando com o mesmo nível de conhecimento de quando o MasterChef estreou pela Band. E avisa que não tolerará que os candidatos ao posto de melhor chef de cozinha amador do Brasil não "honrem" os alimentos.

As pessoas não respeitam o produto. Eu acho que as pessoas devem respeitar o produto. Hoje estamos numa fase do mundo que tem muita gente que precisa comer. Então, respeitar o produto é muito importante porque tem tanta gente que precisa.