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Ivan Moré detona alto escalão da Globo: 'Não existe espaço para pensar'

Colaboração para Splash

28/07/2022 22h59

O jornalista Ivan Moré, de 45 anos, recordou as turbulências que envolveram sua saída da Globo, em 2019, e a negociação com outras emissoras de TV. Ele chegou a negociar naquele então uma migração para a Record, que acabou não acontecendo - mas foi amplamente explorada pela imprensa.

Em entrevista ao podcast "Inteligência Limitada", de Rogério Vilela, Ivan admitiu que ter ficado insatisfeito com a abordagem do assunto na mídia.

"Vieram informações [manchetes como]: 'Ivan Moré chutado da Globo, negado na Record'... Os colunistas de TV não sabiam o que aconteceu, porque eu não abri a boca. Vários vieram atrás, mas não falei nada", assegurou ele, que não poupou críticas à classe.

"Colunistas, para mim, alguns deles são os grandes abutres da imprensa. São caras que se propõem a falar mentiras sobre companheiros de trabalho. Tenho 150 prints da época do que [os jornalistas] fizeram comigo", assegurou.

Embora afirme ser grato pelo tempo em que trabalhou na Globo, Ivan afirmou que se sentia excessivamente 'podado' pelas restrições impostas por algumas políticas da empresa.

"Se eu falasse a palavra 'Twitter' no 'Globo Esporte', tomava gancho. A palavra 'Instagram' era proibida. Você não podia falar o seu arroba [perfil] em hipótese nenhuma", reclamou ele, acrescentando que foi impedido até mesmo de mostrar seu próprio aparelho celular no ar. "Não podia mostrar celular da Apple. Me falaram: 'você está proibido, está mostrando marca'."

Ivan acredita que a direção da emissora tem uma mentalidade engessada demais em relação às novas possibilidades do mercado, sobretudo no que diz respeito ao meio digital - e isso, ele afirma, acaba impactando o grau de satisfação de muitos colaboradores da rede.

"Os caras [gestores] ali dentro, ainda hoje, têm uma iniciativa desse tamanho [mínima]. Estão ali para conseguir bônus e garantir uma vidinha boa até serem demitidos, porque o tempo vai vir. Meus amigos que ainda estão lá dentro ganham uma puta grana - porque um ou outro tem relevância -, mas estão extremamente desmotivados, insatisfeitos. Porque não existe espaço para você pensar, só [seguir a] cartilha", garante o ex-contratado.