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Sequestro e trocas de nome: a jovem prostituída e morta pelo 'pai'

"A Garota da Foto" chegou à Netflix e está chocando os assinantes - Divulgação/ Netflix
'A Garota da Foto' chegou à Netflix e está chocando os assinantes Imagem: Divulgação/ Netflix

De Splash, em São Paulo

22/07/2022 04h00

"A Garota da Foto" chegou recentemente à Netflix e tem chamado a atenção dos usuários da plataforma. O documentário, dirigido por Skye Borgman, aborda a chocante história de Suzanne Marie Sevakis, que teve o nome mudado algumas vezes ao longo da vida e foi submetida a diferentes abusos, até morrer, aos 21 anos. O responsável por tudo isso foi Franklin Delano Floyd, um homem que se identificava ora como marido, ora como pai da jovem.

Ao longo da produção, são tantas as maldades sofridas por Suzanne, com tantas reviravoltas, que é difícil acompanhar tudo nos mínimos detalhes. "A Garota da Foto" é um dos raros casos de longa-metragem que poderia ser série.

O título começa a história a partir de 1990, quando três homens andavam na rua, em Oklahoma, Estados Unidos, e encontraram um sapato azul no meio da rua. Ao caminharem um pouco mais, encontraram uma mulher no chão, convulsionando.

Ela foi levada ao hospital e reconhecida como Tonya Hughes. Este era apenas um dos nomes que Suzanne teve ao longo dos anos, mas foi o último: ela não resistiu e morreu naquela noite. O documentário então mostra que a partir da morte da jovem, uma longa investigação criminal se iniciou.

Tonya era uma jovem que trabalhava como striper e, segundo uma amiga da época, também se prostituía a mando do homem que ela apresentava como pai, Clarence Hughes, um dos nomes usados por Floyd. "Ele quem me deu os preservativos", contou a menina às amigas.

À época, Suzanne tinha um filho, Michael, de dois anos. Ele não tinha ligação biológica com Franklin Floyd e foi encaminhado para uma família adotiva. Quatro anos depois, Floyd invadiu a escola de Michael e sequestrou o menino e o diretor - este foi deixado amarrado em uma árvore.

Floyd foi preso em 1994 pelo sequestro. Já o menino foi procurado por muito tempo pelo FBI, mas ao final do documentário descobrimos que o homem o matou com dois tiros na nuca.

Sharon

A mídia começou a reportar à exaustão a história e, além de divulgar fotos do garoto, mostrou também imagens da jovem que até então era conhecida como Tonya. Com isso, uma mulher chamada Jenny Fisher reconheceu uma amiga de infância, Sharon Marshall - mais um dos nomes usados por Suzanne.

Jenny relata ao documentário que Sharon era uma menina doce e estudiosa, mas tinha uma relação muito esquisita com o pai, Warren Marshall - nome usado por Franklin Floyd à época. O que a menina achava esquisito se tornou muito pior quando, em um dia que foi dormir na casa de Sharon, o suposto pai a estuprou na frente de Jenny.

Pouco tempo depois, Sharon e Warren sumiram do local e só há notícias da jovem novamente anos depois, quando ela trabalhava de striper e se prostituía a mando do homem. Foi nesta época, quando passou a se chamar Tonya, que ela engravidou de Michael e, dois anos depois, morreu de maneira misteriosa na estrada.

Ao reportar ao FBI que conhecia Tonya, mas por outro nome, a investigação percebeu que não se tratava de uma simples morte, mas havia muitos mais detalhes por trás.

Suzanne

"A Garota da Foto" esmiúça os horrores que Suzanne Marie Sevakis passou ao longo de seus apenas 20 anos de vida.

Suzanne Marie Sevakis era o verdadeiro nome de Tonya - Divulgação/ Netflix - Divulgação/ Netflix
Suzanne Marie Sevakis era o verdadeiro nome de Tonya
Imagem: Divulgação/ Netflix

Por muito tempo, sua verdadeira identidade era um mistério para todos. Até que, em 2013, Franklin Floyd, contou o que realmente aconteceu.

Suzanne Marie Sevakis nasceu em setembro de 1969, em Michigan, nos EUA, filha de Sandra Willet. Em 1974, ela conheceu Franklin Floyd enquanto lidava com transtorno de estresse pós-traumático depois que um tornado destruiu o trailer onde ela morava com Suzanne e outras duas filhas.

Willet foi presa por 30 dias ao passar um cheque sem fundo para comprar fraldas e, neste período, Floyd teria, segundo Sandra relata no documentário, deixado as duas filhas em um orfanato e sequestrado Suzanne.

"A Garota da Foto" conta ainda com a revelação de que Suzanne teve uma filha, mas a deu para um casal a mando de Floyd. A mãe adotiva reconheceu a jovem pelas imagens e mais um segredo foi descoberto.

Já Frankin Floyd foi sentenciado à pena de morte e aguarda o anúncio da data de execução.

Impressão nas Redes

As reações ao documentário nas redes sociais foram um dos motivos de ele ter ficado famoso. No Twitter, diversos usuários falaram de como a história de Suzanne era triste e estava os deixando impactados.