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Viúva de Maurílio compartilha desabafo: 'Sem você tá tudo sem graça'

Luana e o cantor sertanejo Maurílio - Reprodução / Instagram
Luana e o cantor sertanejo Maurílio Imagem: Reprodução / Instagram

De Splash, em São Paulo

12/01/2022 09h32

Luana Ramos, viúva do cantor Maurílio, publicou um relato emocionante nas redes sociais. Em um longo texto, ela relembrou como eram as viagens de carro ao lado do marido e que, agora sem ele, está "tudo sem graça."

O sertanejo morreu no dia 29 de dezembro do ano passado, aos 28 anos, após um diagnóstico de tromboembolismo pulmonar.

Sem você tá tudo sem graça. Até a estrada que era ótima, tá só o buraco. O clima que sempre era excelente, foi chuva forte o dia inteiro. Tá tudo ao contrário, esquisito. Só queria ficar sozinha, gritar seu nome bem alto igual fiz no culto e chorar, mas agora não dá. O nó na garganta só aumenta.

Luana ainda comparou seu desabafo com as publicações que fazia enquanto Maurílio estava internado, para atualizar os fãs sobre o quadro de saúde do cantor. Agora, porém, ela fez o post para o "nó na garganta diminuir."

"Não espero que ninguém entenda, mas de alguma forma isso alivia minha mente", escreveu.

Maurílio estava internado em Goiânia desde a madrugada de 15 de dezembro, quando sofreu três paradas cardíacas após passar mal durante gravação de um DVD. Com tromboembolismo pulmonar, chegou a ser transferido de hospital, cinco dias após a internação, mas teve piora significativa no quadro.

Confira a publicação de Luana na íntegra:

Eita, Maurílio... Hoje minha paciência tá bem curtinha, daquele jeito. Viagem, estrada ruim, muita chuva, apenas 2 horas de sono na noite, barulho de televisão, de pessoas, mexe nisso, mexe naquilo. Cadê você pra me acalmar, me abraçar apertado, me fazer respirar fundo e me deixar tranquila em menos de 3 segundos?! Afinal, se estressar pra quê?! Você sempre tão calmo, aprendi tanto com você, me mostrando que 99% das coisas não merecem nosso desassossego.

Nossas viagens de carro Imperatriz-Goiânia que sempre foram tão tranquilas, em paz, apenas nosso silêncio confortável e o Zezé Di Camargo cantando por quase 11 horas seguidas na playlist (ainda bem que nosso gosto musical é muito semelhante). Sem você tá tudo sem graça. Até a estrada que era ótima, tá só o buraco. O clima que sempre era excelente, foi chuva forte o dia inteiro. Tá tudo ao contrário, esquisito. Só queria ficar sozinha, gritar seu nome bem alto igual fiz no culto e chorar, mas agora não dá. O nó na garganta só aumenta.

Esses textos que antes eram pra falar sobre como você estava dia após dia, hoje é praticamente um desabafo pra mim. Não espero que ninguém entenda, mas de alguma forma isso alivia minha mente. Tô aqui escrevendo dentro do carro, na porta de um restaurante em Gurupi, enquanto minha família tá ali na mesa aguardando a comida e me aguardando também, mas vou permanecer aqui até esse nó na garganta diminuir um pouco mais, não quero tratar ninguém de forma ríspida só porque não estou bem. É a forma que consegui ficar 'sozinha' agora. Ainda não dá pra gritar.

A gente sempre teve nossa vida tão reservada e de um dia pro outro, estávamos em todos os lugares. Não da forma que a gente gostaria e nem como estava planejando fazer, mas aconteceu. Agora fico aqui escrevendo sobre você, sobre como me sinto, sobre nossa vida. Penso até que devo fazer isso, pra ninguém nunca esquecer do ser maravilhoso que você é e compartilhar um pouco mais de você com as pessoas que gostam de você e queriam te conhecer um pouco mais. Espero que isso que estou fazendo, seja algo bom.

Registros da nossa última ida/volta de carro pro Maranhão, com nossa tradicional parada na casa da nossa família de Araguaína.