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REPORTAGEM

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Por uma arte engajada: a Luta Verbal de Raimundo Carrero

Rodrigo Casarin

Colunista do UOL

11/11/2022 04h00

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"A luta verbal - que aqui substitui, com vantagens, a literatura - é um grito de dor contra a fome, a miséria, o racismo, a discriminação e o preconceito de toda ordem, unindo num só tempo a técnica e a expressão literária popular".

Apoiando-se em autores como Graciliano Ramos, Jorge Amado, Marcelino Freire, Paulo Scott, Julián Fuks e Itamar Vieira Junior, Raimundo Carrero arquiteta a sua defesa de uma arte literária engajada, que extrapola os livros para abraçar também o slam e o rap.

A ideia está em "A Luta Verbal", ensaio que precede a nova edição de "A Preparação do Escritor" (Iluminuras), uma atualização do livro lançado pelo autor em 2007 reunindo mais de uma dúzia de oficinas literárias que ministrou ao longo da vida.

Com mais de 25 anos de caminhada nessa praia, Carrero é um dos nossos grandes mestres quando o assunto é transmitir conhecimento para outros escritores. Aos 75 anos, com sua ficção Carrero já venceu prêmios como o Jabuti, o São Paulo e o Machado de Assis.

De sua obra se destacam títulos como "As Sombrias Ruínas da Alma", "A Minha Alma É Irmã de Deus", "O Senhor Agora Vai Mudar de Corpo" e os recentes "Colégio de Freiras" e "Estão Matando Nossos Meninos". Este, aliás, um grande exemplo do que Carrero chama de luta verbal.

É essa luta feita com palavras que esteve no foco da conversa que tivemos.

A foto de Raimundo Carrero usada na arte do podcast foi feita por Maria Leonice.

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