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Saramago, 100 anos: formas de ver a realidade com outros olhos
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Pelo modo como torna compreensível uma realidade fugidia por meio de parábolas portadoras de imaginação, compaixão e ironia. Por essa razão que a Academia Sueca entregou o Nobel de Literatura 1998 a José Saramago.
Único escritor de língua portuguesa a vencer o prêmio, o nascimento de Saramago completa agora 100 anos. Ele veio ao mundo em 16 de novembro de 1922 e morreu há pouco mais de dez anos, em junho de 2010.
São muitos os livros do português que, tenho certeza, vocês já leram ou pelo menos ouviram falar. "Memorial do Convento", "O Ano da Morte de Ricardo Reis", "A Jangada de Pedra", "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", "Ensaio Sobre a Cegueira" e "As Intermitências da Morte" são alguns dos mais famosos e festejados.
Dono de uma prosa que desafia os leitores e pode intimidar quem não topa fazer um mínimo de esforço na hora da leitura, Saramago é um desses autores que nos encantam quando pegamos as manhas para curtir os seus livros.
Por conta do centenário do português que convidei Pedro Fernandes para o papo que vocês ouvirão a seguir. O Pedro é professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, doutor em Estudos da Linguagem e pesquisador colaborador na Cátedra Internacional José Saramago, sediada na Universidade de Vigo.
Autor de "Retratos Para a Construção do Feminino na Prosa de José Saramago" e de "Peças Para um Ensaio", outro trabalho sobre a obra do português, Pedro também dirige a Revista de Estudos Saramaguianos e coordena a Coleção Estudos Saramaguianos, publicada pela editora Moinhos.
Sim, as belezas e os caminhos para mergulhar na prosa de José Saramago estão na nossa conversa.
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