BBB 23 termina com mais destaque para eliminados do que para finalistas

Com duração maior do que as terças-feiras tradicionais, a final do BBB 23 refez toda a trajetória dos principais personagens de sua história, mas deixou algo bem claro para o top 3 que assistia na sala da casa mais vigiada do Brasil. Os eliminados tiveram momentos mais significativos do que as remanescentes na disputa pelo prêmio de quase R$ 3 milhões.

Em alguns dos VTs, ficou claro o impacto que figuras como Fred Nicácio, Domitila Barros e Sarah Aline tiveram aqui fora, ainda que tenham deixado a competição sem direito a chegar ao último paredão. Um dos momentos mais bonitos do programa, aliás, mostrou o quanto de debate foi fomentado sobre racismo. De forma emocionante, a atração da Globo mostrou o quanto foi marcante ter maioria preta pela primeira vez em dado momento da história do reality show. O BBB não nega que fomenta mudanças e discussões na sociedade a partir das reflexões e embates de seus participantes.

A final teve ainda momentos divertidos, como Fred e Domitila e Alface e Paula em clipes musicais e até mesmo Tadeu Schmidt, Dani Calabresa, Paulo Vieira e Boninho participando de uma versão do "Tiro, Porrada e Bomba". Nessa hora, inclusive, o humorista criticou a escolha dos participantes, para risos nervosos de todos. No palco, alguns climões. Para não terem de dançar ao lado de Gustavo e Key, acusados de racismo religioso, Fred e Domitila trataram de atravessar para o outro lado durante um número musical.

Há que se notar, ainda, que Bruno Gaga, desistente, mal foi lembrado pela edição, enquanto Cara de Sapato e MC Guimê, expulsos sob acusação de importunação sexual, apareceram em alguns momentos. Para as finalistas, ficou claro que não foram as jogadoras que renderam os melhores momentos, mas não dá para lhes tirar o mérito de chegar tão longe. O BBB 23 entra para a história pelos debates que causou, mas não por quem formou o pódio.