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Ritz-Carlton quer mudar tudo o que você detesta nos cruzeiros

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Imagem: Divulgação

Sara Clemence

07/03/2018 15h12

Visitas a ilhas remotas. Longas e agradáveis escalas em portos. Uma equipe que intui se você está com disposição para um passeio privado em uma propriedade próxima ou para um dia de sol no convés. Isso soa muito mais como um passeio de iate do que como um cruzeiro - e a ideia é exatamente essa.

Quando a Ritz-Carlton, marca de luxo da Marriott International, revelou seu conceito de cruzeiro no ano passado, ficou claro que ela pretendia se afastar do restante do setor. Seus navios oferecerão luxos em grande parte inéditos em linhas de cruzeiro: áreas comuns arejadas, restaurantes íntimos que oferecem refeições 24 horas por dia e suítes com pé direito alto e duas pias no banheiro.

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Mas a marca não pretende se diferenciar apenas no design, diz Doug Prothero, diretor administrativo da Ritz-Carlton Yacht Collection, em uma conversa exclusiva com a Bloomberg. A diferença também estará no que os hóspedes poderão fazer. "Em muitos de nossos itinerários, você só verá iates", diz Prothero. "Em muitos deles, você nunca encontrará um navio de cruzeiro maior."

Os cruzeiros começarão a ser vendidos em 11 de junho. O navio ainda sem nome navegará pelas águas do sul do Caribe, do Mediterrâneo, do norte da Europa, da América Latina, do Canadá e da Nova Inglaterra a partir de novembro de 2019. Entre os pontos exclusivos estão Capri, a ilha grega de Citera e Canouan, Bequia e Tobago Cays em São Vicente e Granadinas.

Essas escalas em portos são possíveis por causa do tamanho dos três navios futuros da linha - de 190 metros de comprimento, com espaço para 298 passageiros em 149 suítes. Eles são quase três vezes maiores do que os superiates de maior porte, mas são mais íntimos que os navios de cruzeiro pequenos, que têm capacidade para cerca de 650 passageiros. Os navios da Ritz são comparáveis aos navios de luxo menores da Silversea Cruises.

Quase todas as viagens da Ritz-Carlton duram de sete a dez dias. Em contraste com os cruzeiros tradicionais, eles navegarão a um ritmo lento - quatro ou cinco portos em uma semana, ou seis ou sete paradas em dez dias, diz Prothero. "Não se trata de correr para chegar ao próximo lugar", diz ele. "Estamos recriando a experiência de iate em um mundo de cruzeiros."

A Yacht Collection espera atrair hóspedes de alto nível em busca de uma nova experiência, viajantes que normalmente não iriam a um cruzeiro convencional e também, é claro, os fãs da Ritz-Carlton. Alguns dos itinerários se cruzarão com os hotéis, mas este não é o foco. Uma rota futura dos Grandes Lagos, por exemplo, pode ser encerrada com estadias nas propriedades de Montreal e Chicago.

Uma viagem de sete dias pelo Mediterrâneo custará a partir de US$ 5.600 por pessoa. O preço abrange tudo, exceto excursões, experiências de spa e jantares no Acqua, o restaurante do chef Sven Elverfeld que tem três estrelas Michelin em Wolfsburg, na Alemanha.

A empresa ainda está tentando encontrar respostas para uma pergunta irritante. Como os programas de fidelidade Ritz-Carlton e Marriott International vão se relacionar com a linha de cruzeiro? Os membros do programa Ritz-Carlton Rewards terão uma vantagem inicial: a partir de maio, eles poderão reservar suítes.