O futuro chegou: hóspedes são servidos por robôs em hotéis pelo mundo
Você entra na sua suíte de hotel e, de repente, percebe que o frigobar está sem aquele seu refrigerante favorito ou que o xampu no banheiro acabou. Depois de ligar para o serviço de quarto, aparece na sua porta, trazendo os produtos, não uma pessoa, mas um robô.
Apesar de remeter a filmes de ficção, esta cena já faz parte da realidade.
Recentemente, o hotel Jen Tanglin, localizado em Cingapura, no Sudeste Asiático (e que faz parte da rede Shangri-La Hotels and Resorts), começou a utilizar dois robozinhos para servir seus hóspedes.
Batizadas de Jeno e Jena, as máquinas são decoradas com um adesivo que lembra o uniforme dos mordomos (com direito ao desenho de uma gravata) e são programadas para circular com autonomia pelo hotel.
Elas têm sensores que as fazem desviar de obstáculos (e de pessoas no meio do caminho) e são capazes de entrar nos elevadores para ir até o andar do cliente. "Elas são desenhadas para navegar entre pessoas e objetos, além de entregar itens de maneira segura e rápida", diz Vathsala Subramaniam, gerente geral do hotel Jen Tanglin.
Os robôs não têm formas humanas (seu formato lembra mais o do personagem R2-D2 do que o do autômato C-3PO, de "Guerra nas Estrelas") e exibem um tamanho relativamente pequeno: cerca de 1 metro de altura.
Sua velocidade máxima é de 2,5 km/h (a metade da velocidade que pessoas conseguem atingir caminhando) e, via regra, demoram cerca de 15 minutos para ir até as suítes e atender o pedido dos hóspedes.
Interação com hóspedes
Para ser servido pelos robôs, o hóspede tem que apenas ligar para a recepção do hotel Jen Tanglin e dizer o que precisa. Pode pedir itens como garrafinhas de água, alimentos, toalhas limpas e outros itens para o banheiro.
Quando Jeno ou Jena chegam à porta do quarto, o telefone da suíte toca e o cliente vai buscar seus produtos.
As máquinas são equipadas com uma tela através da qual se comunicam em inglês com os hóspedes. Nela aparecem frases como "estou fazendo sua entrega" e "por favor, pegue seu pedido".
O robô ainda realiza uma pesquisa de opinião, perguntando, também pela tela, como a pessoa avalia sua estadia no hotel. Se receber cinco estrelas, a máquina comemora com uma expressão de felicidade ("yay!") e ainda manda um "tchau" antes de se virar e ir embora em direção ao lobby do hotel.
Mas esta inovação não tem o lado negativo de tirar o emprego de seres humanos? "É fato que a robotização já chegou a diversos setores da indústria e, portanto, à hotelaria também, e que o tema assusta com a possibilidade de se perder o lado humano da hospitalidade", diz um informe da rede Shangri-La Hotels and Resorts enviado à imprensa.
Para a rede Shangri-La, entretanto, o serviço traz uma experiência positiva à estadia dos hóspedes no hotel. "Os robôs despertam risos e entusiasmo tanto entre adultos quanto nas crianças, sempre que são chamados pelos hóspedes".
Porém, não é apenas o Jen Tanglin que conta com este tipo de tecnologia: hotéis da marca Yotel, situados em locais como Boston (Estados Unidos) e na própria Cingapura, também têm robôs que levam produtos até o quarto dos clientes, assim como o Holiday Inn Express Mountain View-S Palo Alto, na Califórnia (onde o robozinho até posa para fotos ao lado das pessoas).
Situado na cidade japonesa de Sasebo, por sua vez, o hotel Henn-na abriga robôs que ajudam o público a fazer o check-in.
E o estabelecimento Jen Orchardgateway, que também fica em Cingapura, também oferece este tipo de máquinas para servir os hóspedes.
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