Fui a Nova York e bebi como um local: a experiência de 5 bares em uma noite
Eu me juntei a uma dúzia de desconhecidos em Nova York e fiz um circuito de bares por lower Manhattan, uma das regiões consideradas mais perigosas dos Estados Unidos, nos anos 1980, e hoje símbolo de farra e diversão. Spoiler: foi ótimo.
Como eu me enfiei nisso? Comprei a experiência Discover the City's Party Scene, no Airbnb, e me joguei. Por US
Como eu me enfiei nisso? Comprei a experiência Discover the City's Party Scene, no Airbnb, e me joguei. Por US$ 42 dólares, um ex-segurança, ex-DJ e ex-candidato do American Idol (um reality de vozes amadoras, como o The Voice) é o guia, o August. E o cara é muito bom.
nbsp;42 dólares, um ex-segurança, ex-DJ e ex-candidato do American Idol (um reality de vozes amadoras, como o The Voice) é o guia, o August. E o cara é muito bom.Antes de contar o que rolou, recomendo que você dê play no vídeo abaixo, para entrar no clima com este som. A música se chama "Worth", de Stephen Babcock (ele e a banda estavam entre as surpresas da noite).
Ótimo para quem viaja sozinho, o passeio tem cara de coisa de amador. Dá um pequeno constrangimento chegar com babá e turma em bar, mas logo você percebe que, sem o guia, dificilmente daria para encontrar aqueles lugares sozinho e conhecer todos em uma noite.
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A aventura começa às 20h e termina 1h, com o August. Sem ele, vai até a hora que você quiser. Das vantagens: ele conhece muito bem a noite de Manhattan, faz todo muito rir e ainda cantou um pouquinho em uma das mesas em que nos juntamos para um goró. Que voz!
Conheci duas jovens canadenes divertidíssimas, um casal de escoceses que tinha acabado de noivar --e estava louco para espalhar isso--, um norte-americano de Chicago bem tímido, que foi sozinho, e mais um monte de gente legal.
Leia como foi no circuito que eu fiz. O guia, acompanhado de uma assistente, varia o roteiro toda noite. Tudo é a pé, tudo é pertinho.
Ponto de encontro
Às 20h do sábado, dia 16 de dezembro, fui encontrar a turma em um bar inspirado em esportes, chamado One and One. Nada demais. Mas era fácil de encontrar o grupo ali. Cheio de TVs passando jogos e muita variedade de cerveja. Muita. De todos os preços, todos altos, para quem recebe o salário em reais. Música baixa, assim August podia explicar o que faríamos a seguir. Começamos a nos apresentar e beber. Ficamos ali por quase uma hora e partimos.
Bar: One and One
Bebida: comecei com uma cerveja, a Bud Light, por US$ 8
Música ao vivo
Saímos para o circuito e logo entramos em um bar de música ao vivo. Lugar minúsculo. Chutaria uns 50 metros quadrados, mais ou menos onde cabe um projeto de apartamento desses novos de três quartos e duas suítes em São Paulo, onde não entra um sofá. Meu ponto preferido. A banda do cantor Stephen Babcock era de arrepiar pela alegria ao se apresentar, com letras triviais. Saí de lá e comecei a segui-los no Spotify na hora. Não é preciso pagar para entrar, mas é obrigatório ao menos comprar uma bebida (e dar gorjeta, como tudo nos Estados Unidos).
Bar: Rockwood Music Hall
Bebida: tomei uma cerveja Guinness, US$ 8
Começou a ficar chique
Chegamos ao bar do hotel Sixty Les, onde fica o bar Tiki Tabu. Mais elegante. Na cobertura do hotel baixinho, de uns oito andares. Drinks bons e belo cardápio. O mais caro da noite. Mas vale a pena. Você come e bebe muito bem acomodado, troca ideias numa boa, com música agradável. Faz mas meu tipo poder ficar sentado. Se juntassem a banda do bar anterior com este lugar, teríamos um campeão. Vista linda, pessoal gentil, decoração simples e chique. Curti.
Bar: Sixty Les
Bebida: tomei um peartini, uma espécie de martine, mas de pera. US$ 14
Chegamos ao mais curioso
Já ouviu falar do “speakeasy”? A expressão, pedindo para falar baixo, remete aos bares da época da lei seca nos Estados Unidos, quando o comércio de álcool era proibido, entre 1920 e 1933. Esses bares eram muito discretos, escondidos, e o guia nos levou a um sobrevivente dessa época. Passamos, falando baixinho, pelo subsolo de um prédio caindo aos pedaços, subimos uma escadinha e uma discreta porta dava passagem ao bar elegante, com decoração de anos 1920, cheio de gente tomando chá. Chá? Que nada... A xícara era só um disfarce para as bebidas alcoólicas no tempo de proibição. E eles mantêm a tradição.
Bar: The Backromm
Bebida: escolhi a Jalapeño Margarita, por US$ 14 (qualquer drink na casa é este valor)
O bar com baladão
O último, meio metidinho, foi o Los Feliz Taqueria e Tequileria, especializado em drinques com tequila. Parece minúsculo, mas corredores e escadinhas levam a outros ambientes. Um deles, no subsolo, é uma pista de dança estilo inferninho. Bem rústica e música no talo. Descemos e o segurança nos recebeu aos berros: “Vocês não podem entrar! Saiam! Precisam passar por revista!” É compreensível a preocupação. A histeria, nem tanto. Mas isso não estragou o programa. Quem estava com paciência para ser revistado, retornou, foi apalpado e voltou para a pista. Os mais cansados (eu) voltaram para o bar. O grupo todo se reuniu, depois de uns drinks, para brindar com espumante oferecida pelo guia. Foi bonito. August se foi, alguns ficaram para curtir até o fim da noite, com promessas de amizade eterna, e acabou aí.
Bar: Los Feliz
Bebida: para fechar, uma dose de tequila: US$ 12 (e a taça de espumante por conta de August)
Valeu cada centavo.
*O jornalista viajou a convite da Avianca
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