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Passageiro causa confusão e é obrigado a pagar R$ 307 mil a companhia aérea

História aconteceu em um avião da companhia Hawaiian Airlines - AP
História aconteceu em um avião da companhia Hawaiian Airlines Imagem: AP

Do UOL, em São Paulo

02/09/2017 13h18

Um homem, cujo comportamento indisciplinado forçou um voo sem escalas que ia para Nova York a retornar a Honolulu, no Havaí, deve a companhia aérea Hawaiian Airlines US$ 97.817 (cerca de R$ 307 mil). De acordo com a Fox News, James August, de Nova Jersey, se declarou culpado por interferir no trabalho de toda a tripulação, e acabou condenado a pagar a robusta quantia em audiência realizada no início desta semana.

O juiz Oki Molloway ordenou que August reembolsasse a empresa pelos custos causados por sua indisciplina, incluindo combustível, manutenção, tripulação terrestre e custos associados com a busca dos passageiros por outros voos. A soma não inclui os US$ 46.900 (cerca de R$ 147 mil) que a Hawaiian Airlines precisou gastar com vale refeições, entregue a quem aguardava pelo voo atrasado em Nova York.

O episódio aconteceu em novembro de 2016. Funcionários afirmaram que o homem, que estava de férias no Havaí ao lado da namorada e dos filhos dela, começou a importunar o voo assim que o avião partiu. August, que já estava bebendo antes do início da viagem, ainda tentou pedir mais um drinque para a aeromoça, mas, ao ter o pedido negado, tomou bebida alcoólica trazida por ele mesmo a bordo.

Durante o serviço de refeição, o filho da namorada contou a uma comissária que o homem teria insultado as crianças e ainda ameaçado suas vidas. Quando a atendente pediu que ele fosse para outra parte do avião, August a golpeou no ombro com o dorso da mão. Foi preciso a ajuda de outros passageiros para contê-lo. Autoridades disseram ainda que August, então, gritou e ameaçou dar um soco na própria namorada.

Nada de bagunça

Nos Estados Unidos, interferir no trabalho dos membros da tripulação de um voo é punível com até 20 anos de prisão e multas que podem ir até US$ 250 mil (cerca de R$ 786 mil). Em junho deste ano, o juiz já havia sentenciado August a três anos de liberdade condicional.

Duas mulheres, que fizeram um voo que ia para Cuba retornar a Toronto em 2016 também foram condenadas a pagar US$ 7.500 (cerca de R$ 23 mil) em restituição à companhia aérea. Um homem da Flórida, que obrigou um voo da Delta Airlines a retornar após tentar abrir a porta de emergência foi indiciado por cinco acusações em junho.