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Saiba quais são os golpes mais comuns aplicados em turistas pelo mundo

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Imagem: Getty Images

Marcel Vincenti

Colaboração para o UOL

04/08/2017 04h00

Se você está planejando passar alguns lindos dias como turista no exterior, abra os olhos: provavelmente, haverá gente querendo sacanear você. Da Europa à Índia, lugares turísticos estão recheados de profissionais em ludibriar forasteiros. Conheça alguns dos golpes mais comuns dados contra turistas ao redor do mundo (e saiba como evitá-los).

Cuidado com "acidentes"

Anel de ouro - Steven Straiton/Creative Commons - Steven Straiton/Creative Commons
Imagem: Steven Straiton/Creative Commons

O golpe: é seguro viajar para a Europa, mas isso não significa que você pode dar bobeira. Em cidades como Barcelona, Paris, Lisboa e Roma existem exércitos de batedores de carteiras e celulares. Em Barcelona, é necessário ficar especialmente atento na Rambla, a via turística mais famosa na cidade: o turista se distrai por um segundo com as belezas e os artistas de rua da região e, de repente, tem o bolso esvaziado.

Em Paris, esse tipo de crime pode ocorrer nos arredores de qualquer atração turística. Alguns usam táticas de distração: um estranho, por exemplo, derruba propositalmente sorvete em você e, enquanto se oferece para limpar a sujeira, seu comparsa limpa seu bolso (ou bolsa). Metrôs e ônibus também são lugares propícios para esse tipo de golpe em todo lugar.

Paris também é conhecida pelo “golpe do anel de ouro”: homens e mulheres (muitas vezes ciganos) deixam cair no chão um anel dourado. Eles perguntam para os viajantes: “esse anel é seu?”. Quando o turista diz que “não”, o golpista trata de convencê-lo de que se trata de ouro e tenta vender o objeto. 

Como evitar: espécie de pochete que fica por baixo da calça, as doleiras são a melhor maneira de evitar grandes perdas em uma tentativa de furto. Coloque a maior parte do dinheiro, passaporte e cartões dentro desses compartimentos e, no bolso ou bolsa, leve apenas os trocados necessários para os gastos mais correntes. E tente esconder o celular em lugares menos acessíveis. Além disso, não pare para conversar com pessoas que abordarem você. 

Desconfie da simpatia

Turistas no Vaticano - ProtoplasmaKid/Creative Commons - ProtoplasmaKid/Creative Commons
Imagem: ProtoplasmaKid/Creative Commons

O golpe: uma armadilha comum na Europa, geralmente contra pessoas que estão viajando sozinhas: você é abordado por um simpático estranho, que pergunta sobre seu país e se está gostando da viagem. Se você der confiança e o estranho fizer um convite para ir a algum bar, café ou restaurante, não vá: golpistas levam turistas a estabelecimentos de um comparsa, onde serão servidos alguns drinques e, na hora da conta, será cobrada uma fortuna: se você não pagar, sofrerá ameaças (e terminará tendo que desembolsar a grana).
 
Esse tipo de situação acontece muito em Roma e em cidades do Leste Europeu, onde os golpistas são geralmente lindas mulheres que, em dupla, abordam viajantes do sexo masculino. Rapazes: desconfiem se, no meio da rua de Budapeste ou Cracóvia, alguma desconhecida os convidar para tomar uma cerveja: provavelmente, será bom demais para ser verdade.

Como evitar: Conhecer novas pessoas enriquece a experiência de qualquer viagem internacional. Mas não é recomendável dar confiança a estranhos que se mostram excessivamente amigáveis perto de atrações turísticas da Europa e outros lugares, como Ásia, Oriente Médio e América do Norte. É provável que seja golpe. 

Sempre pergunte o preço

Budapeste à noite - The Photographer/Creative Commons - The Photographer/Creative Commons
Imagem: The Photographer/Creative Commons

O golpe: muitos viajantes se esquecem de pedir o cardápio ou perguntar os preços de antemão na hora de se sentar em um bar ou restaurante no exterior. E isso pode render um prejuízo capaz de doer no bolso. Bares de Veneza, Istambul (principalmente na região baladeira da rua Taksim) e Bangcoc têm fama de meter a faca em turistas que pedem bebidas sem perguntar o valor.

Certa vez, este repórter se sentou em um café ao ar livre de Veneza e, absorto pela beleza da Piazza San Marco, pediu um drink sem nem olhar o menu (um spritz raramente custa mais de 8 euros na Itália). Tomado o drinque, veio a conta: 27 euros (cerca de R$ 100). É comum que bares venezianos cobrem preços abusivos de viajantes desavisados.

Taxímetro desligado? Nem pensar!

Taxímetro - Pixabay/Creative Commons - Pixabay/Creative Commons
Imagem: Pixabay/Creative Commons

O golpe: Em países da América Latina, Oriente Médio e Ásia, o turista jamais deve viajar com o taxímetro desligado. Em lugares como o Egito, Tailândia e Marrocos, é comum que os motoristas digam que o taxímetro está quebrado e, ao final do percurso, tenta cobrar um fortuna. Buenos Aires, Bogotá, La Paz e Cidade do México são outros lugares onde é preciso ficar ligado ao pegar táxis.

Como evitar: Muitos países já têm serviços de motoristas que atendem por aplicativos, como a Uber. É mais seguro. Se não houver essa possibilidade, nem entre no carro com o taxímetro desligado ou combinar um preço justo antes de o motorista sair. Assim, você evita ser surpreendido por uma corrida caríssima, que você terá poucas chances de questionar. 

A lenda da atração fechada

Taj Mahal India - Imahesh3847/Creative Commons - Imahesh3847/Creative Commons
Imagem: Imahesh3847/Creative Commons

O golpe: é um truque comum abordar pessoas a caminho de uma atração turística e dizer que, naquele dia, o lugar está fechado por causa de um feriado, greve e até ameaça de terrorismo. O mentiroso, então, rapidamente se oferecerá a levar o viajante a a algum outro lugar que esteja “aberto” e, logicamente, cobrará uma gorjeta pelo serviço.

Esse tipo de coisa acontece muito no Oriente Médio, Índia e Sudeste Asiático. No Egito, Marrocos e Índia, por exemplo, nativos tentam conduzir os turistas até lojas de produtos locais depois de desviá-los da entrada de uma atração turística. O malandro ganha uma comissão do estabelecimento. Na capital indiana, Nova Delhi, pessoas abordam turistas a caminho do metrô dizendo que o transporte público não está operando. O objetivo é fazer com que o estrangeiro pegue um táxi ou um tuc-tuc –que seguramente tentará cobrar um preço abusivo pela corrida.

Como evitar: faça sempre um planejamento antes de sair do hotel. Verifique, na internet, os horários de funcionamento das atrações. Muitas delas fecham em determinados dias da semana. Se o local não estiver operando, isso estará especificado em seu site ou página em rede social. Só vá até o lugar com a certeza de que ele está aberto e não acredite em pessoas que tentarem convencer você a mudar sua rota. 

A lenda do souvenir gratuito

La Rambla Barcelona - Liklug/Creative Commons - Liklug/Creative Commons
Imagem: Liklug/Creative Commons

O golpe: nas ruas de qualquer cidade turística do mundo, não aceite presentinhos dados por estranhos. Na Piazza del Duomo, o principal cartão-postal de Milão, homens abordam turistas e amarram fitinhas coloridas em seus pulsos, dizendo que é um presente. Depois que o laço está bem dado, eles pedem dinheiro. É difícil se desvencilhar da fitinha e muitos estrangeiros, para evitar conflito, dão dinheiro aos espertalhões. O golpe também é muito comum em pontos movimentados da França. 

Na Ásia, mulheres se oferecem para pintar com henna as mãos das turistas. Apesar de parecer cortesia, o mimo será posteriormente cobrado –e a viajante ficará com as mãos meladas durante boa parte do dia.

Como evitar: é só seguir o que sua mãe lhe ensinou quando você era criança: no Brasil ou lá fora, não aceite presentes dados por estranhos na rua.