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Empresa russa quer levar turistas para zonas de guerra na Síria

Cerca de 250 mil pessoas já morreram na guerra síria. Na foto, a cidade de Aleppo - Zein Al-Rifai/AMC/AFP
Cerca de 250 mil pessoas já morreram na guerra síria. Na foto, a cidade de Aleppo Imagem: Zein Al-Rifai/AMC/AFP

Do UOL, em São Paulo

15/01/2016 16h49

Uma empresa russa chamada Megapolis Kurort quer levar a expressão "turismo de aventura" a um novo patamar.

A organização tem pretensões de realizar, ainda em 2016, tours para dentro do que é hoje, segundo o Global Peace Index, o país mais perigoso do mundo: a Síria.

O primeiro passo já foi dado: segundo a agência de notícias russa Mockba, a Megapolis Kurort está tentando registrar o nome do seu tour com a entidade que cuida de patentes na Rússia, a Rospatent. O passeio foi batizado de Assad Tour, em alusão ao atual presidente da Síria, Bashar al-Assad, que vem recebendo forte apoio militar do governo de Vladimir Putin.  

"A Megapolis quer realizar viagens que saiam de Moscou com direção à Síria com possibilidade de visitas às linhas de frente da guerra", disse à Mockba Anatolli Aronov, presidente da empresa de consultoria First Patent Company, que está ajudando a Megapolis a registrar o "Assad Tour" com a Rospatent.  

A ideia inicial é que as incursões ao território sírio levem no máximo cinco turistas de cada vez e durem entre quatro e cinco dias.

Mas a realização das viagens não será nada simples: a porta-voz do Sindicato da Indústria de Viagens da Rússia, Irina Tyurina, afirmou que a Megapolis, mesmo com a patente, provavelmente não receberá autorização para fazer seu tour sírio, "visto não que poderá garantir a segurança dos turistas". 

O conflito sírio já matou cerca de 250 mil pessoas e gerou milhões de refugiados. Entidades como o ministério das Relações Exteriores do Reino Unido desaconselham qualquer tipo de jornada à Síria. 

E você? Embarcaria na viagem da Megapolis? Escreva na área de comentários da matéria.