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Pornô no metrô e aranha no prato: veja hábitos pelo mundo que podem chocar

Do UOL, em São Paulo

27/01/2016 07h00

Viajar é, muitas vezes, entrar em contato com o desconhecido. E os novos mundos que se abrem no momento em que o turista cai na estrada podem, de vez em quando, causar um pouco de assombro.

Diversos países ao redor do planeta têm costumes com potencial para chocar o viajante brasileiro. São rituais religiosos, receitas gastronômicas e interações sociais raramente ou nunca vistos no território verde e amarelo – e que não passarão despercebidos aos olhos do forasteiro.

Abaixo, veja destinos pelo mundo que são perfeitos para quem busca realizar uma jornada repleta de choques culturais.

  • Paul Mannix/Creative Commons

    Aranha frita

    Esta é para quem não tem estômago fraco: no Camboja, é possível comer aranhas fritas. A iguaria é vendida em barracas de rua e até em restaurantes de diversas localidades do país, como a capital Phnom Penh e a cidade de Skuon, onde tal receita é encontrada em abundância. As aranhas servidas são enormes, chegam crocantes e vêm geralmente temperadas com um molho de leve sabor agridoce. Insetos fritos, como grilos, também podem ser saboreados no Camboja (e em países vizinhos como a Tailândia). Tem coragem?

  • Tim Adams/Creative Commons

    Pornô no metrô

    Não se assuste se, ao pegar o metrô no Japão, você perceber que algum passageiro está folheando calmamente uma revista pornográfica ou um mangá erótico no assento ao seu lado. Trata-se de uma atitude presente neste meio de transporte nipônico, principalmente na cidade de Tóquio e arredores: aparentemente, alguns japoneses não têm vergonha de ver materiais de conteúdo erótico em público. Também é normal se deparar, no período da noite, com engravatados completamente bêbados no metrô de Tóquio. O happy hour no Japão, sempre regado a muito saquê e cerveja, costuma ser intenso.

  • Robert Ennals/Creative Commons

    Banheiros sem vergonha

    Ao precisar usar um banheiro público na China, você pode se deparar com uma imagem parecida com a da foto acima, tirada na cidade de Pequim. No país asiático, diversos banheiros de restaurantes e postos de estrada praticamente não têm divisórias entre os vasos sanitários (e são vasos daqueles que fazem o usuário se agachar para usá-lo). A privacidade é zero e você verá outras pessoas fazendo suas necessidades bem na sua frente.

  • Revolution Ferg/Creative Commons

    Fetos de lhama

    A Calle de las Brujas é um dos lugares mais populares entre turistas na cidade de La Paz, na Bolívia. Localizada no centro da metrópole, trata-se de uma rua recheada de casarões históricos e onde são vendidos belos artesanatos andinos. Lá também são comercializados, para o choque de muitos forasteiros, fetos mumificados de lhama (na foto acima). Para muitos bolivianos, tais objetos trazem sorte. É comum que, antes de começar uma construção, os pedreiros enterrem um feto de lhama no terreno onde será erguido o prédio ou a casa: para eles, isso vai impedir acidentes durante as obras.

  • Fulvio Spada/Creative Commons

    Ratos divinos

    São muitas as deidades veneradas pelo hinduísmo, como Shiva, Vishnu, Brahma e Ganesh, em uma variedade politeísta que, por si só, já é capaz de confundir a cabeça do turista que visita a Índia. Mas nada supera, em termos de choque cultural, o cenário do templo de Karni Mata, situado na cidade indiana de Deshnok. Lá, os fiéis adoram fervorosamente milhares de ratos, que são alimentados com leite e venerados em altares. Reza a lenda que Karni Mata foi uma mulher hindu do século 14 que viu seu enteado morrer afogado enquanto ele tentava beber água de um poço. Karni Mata é considerada uma reencarnação da deusa Durga e, durante sua vida, por causa disso, teria tido poderes sobrenaturais. Segundo os fiéis de Deshnok, ela usou esses poderes para trazer de volta à vida seu enteado, mas na forma de um rato. E também decretou que todos os seus descendentes, depois que morressem, reencarnariam como roedores. Atualmente, os frequentadores do templo de Deshnok veneram os ratos ali presentes como a prole legítima de Karni Mata. Turistas são bem-vindos, mas têm que tirar os sapatos para entrar ali.

  • Tevapapras/Creative Commons

    Cremação em público

    Não é lenda: na Índia, o turista pode realmente se deparar com cremações de cadáveres em público. Isso acontece principalmente na cidade de Varanasi, um dos locais mais sagrados para o hinduísmo no mundo e um dos destinos mais visitados por viajantes no território indiano. Lá, corpos ardem em uma das escadarias à beira do rio Ganges, em enormes fogueiras geralmente abastecidas com madeira de sândalo. Os hindus acreditam que o fogo termina de libertar o espírito do cadáver. Em Varanasi, as cinzas são posteriormente jogadas no Ganges, o curso de água mais sagrado para o hinduísmo, como um ritual de purificação. Como turista, é possível se sentar na escadaria das cremações para observar de perto a cena.

  • 1000Zen/Creative Commons

    Muitas esposas

    Em diversos países muçulmanos, homens podem se casar com até quatro mulheres. Tal permissão, que vem do Corão, é praticada principalmente por muçulmanos com muito dinheiro, pois eles têm a obrigação de sustentar suas esposas. O viajante pode entrar em contato com essa realidade do mundo islâmico em aeroportos do mundo árabe e também da Turquia: no aeroporto de Istambul, por exemplo, é comum ver xeques do golfo Pérsico sendo seguidos por suas quatro esposas, geralmente todas cobertas do pé à cabeça, incluindo o rosto.

  • Marcel Vincenti/UOL

    Luz vermelha

    O Distrito da Luz Vermelha é uma das áreas mais famosas de Amsterdã, mas não é um lugar muito apropriado para um passeio em família. A região é recheada de vitrines atrás das quais aparecem garotas de programa quase sem roupa, em uma atitude provocativa com os pedestres do sexo masculino que passam por ali. Muitos turistas visitam e se divertem na região, mas não é um lugar indicado para levar crianças, por exemplo.

  • Marcel Vincenti/UOL

    Mártires na rua

    O Irã tem lindas mesquitas, parques bem cuidados, cidades organizadas e uma das populações mais hospitaleiras do planeta. Mas, ao visitar o território persa, o turista pode se surpreender com a quantidade de fotos de pessoas mortas que aparecem pelas ruas do país. Em sua maioria, são militares que morreram na guerra que o Irã travou com o Iraque nos anos 1980 e que, hoje, são venerados como mártires pela população local. Muitas das imagens mostram os militares ainda vivos, mas, às vezes, também aparecem pôsteres com pessoas mortas e muito sangue. É muita visão que vai desagradar a muita gente.